28.06.2020

Recentemente Miley Cyrus cedeu uma entrevista por LiveChat ao podcast “The Big Ticket” da revista Variety e do iHeart, onde conversou com Marc Malkin sobre Black Mirror, sobriedade, pandemia de COVID-19 e sobre suas influências musicais.

Você pode conferir a transcrição e tradução logo abaixo.

Entrevistador: Oi, Miley Cyrus!
Miley Cyrus: Oi, Mark! Estou tão feliz de ver você.
E: Estou tão feliz de te ver e ver seu Mullet. Está maravilhoso.
MC: Eu só usei blusa de botão duas vezes na minha vida. Agora, e quando eu entrevistei a senadora Elizabeth Warren. E nos últimos quatro meses eu acho que eu só lavei meu cabelo duas vezes. Uma para você e a outra para o Sr. Elton John. Então essa é a nova maneira de fazer as coisas. Nós estamos falando sobre tecnologia e como se conectar e como se manter conectado com todo mundo, pois o mundo continua acontecendo, e também, é realmente muito legal como estamos nos vendo da cintura pra cima hoje em dia.
E:Sim, eu só vejo essa parte da minha casa.
MC: Todas as coisas da cintura para baixo estão uma bagunça.
E: Mas você se conscientizou disso muito rápido, então você começou um talk-show agora, como isso aconteceu? O que você estava esperando para fazer um talk-show e como você decidiu que era a hora perfeita de iniciar um?
MC: Bem, eu não tive muitas pessoas para conversar sobre como normalmente eu tenho, tipo parte da minha vida….. minha vida é me conectar diariamente com muitas pessoas diferentes. Eu acho que, você sabe, eu cresci assim, na verdade eu acho que é o porquê eu realizei uma auto exploração. Eu acredito que muitos de nós tivemos tempo de fazer isso, mas novamente temos que falar sobre o paralelo que Black Mirror e seu universo faz. Então eu percebi que existiu um sentimento e é um sentimento de acordar e ver que eu era criança e cresci em um ônibus de turnê com meu pai, rodeada de milhares pessoas, depois ir para a escola, fazer aquele ensino fundamental normal e depois no ensino médio me mudei para Califórnia, para o set de filmagens com muitas pessoas e audiências ao vivo, uma vez por semana, sair em turnê novamente, mesmo não tendo tanta energia, e essa foi a primeira vez que tudo isso parou e estava apenas eu, então eu acredito que de princípio foi ótimo para mim, ter esse tempo para mim me fez perceber o porque eu amo me conectar com as pessoas e o porque eu escolhi trilhar esse caminho e muito disso tem haver com conectar com as pessoas, sendo escrevendo, ou por filme, ou pela televisão ou por onde for. Sabe? Alguma coisa que esteja nas televisões das pessoas. Eu não tenho me conectado dessa maneira com as pessoas já fazem dez anos. Então fazer isso de novo, me comunicar diretamente com meus fãs mais de uma vez por semana, tipo cinco vezes por semana, eles me deram, sabe, eles me deram um proposito, e acredito que muitos de nós pensamos nisso, qual é o meu propósito? O que eu faço nessa época? Qual é o nosso propósito? E sabe, muito dos meus valores que eu encontro em mim mesma é a habilidade de se conectar com pessoas e falar sobre uns problemas que têm sido ampliados, não que esses problemas sejam novos, mas que a ampliação deles é a intenção de fazer isso todo dia e conectar com meus fãs e conversar sobre coisas divertidas, mas também conversar sobre as coisas difíceis também e significou muito pra mim ter aquela conexão novamente.
strong>E: Então, isso significa que quando voltarmos para o chamado “normal”, vamos ver um show da Miley, um show dos cachorros da Miley?
MC: Vamos ver, uma coisa que eu gostei e eu sempre penso nisso é que realmente não teve pressão. Normalmente quando se faz um programa na TV, têm-se os números e os espectadores e o tempo e o final e isso, de novo, é paralelo com o que ocorreu com Black Mirror, isso não é o que me impulsiona. Eu nem sei como que se encontra esses números, alguém me diz e eu fico tipo ‘que inferno, como você encontra isso?’. De novo, é sobre a conexão e eu amei como não teve nenhuma pressão, então se o show acabar, tudo bem, se tiver dificuldades técnicas, foi sobre fazer pelo amor por ele.
E: Certo, antes de você ter um show na TV…
M: Vamos conversar…
E: Quando está sozinha, você relaxa nesses momentos como agora? Porque sua vida tem sido tão cheia de pessoas te puxando para diferentes direções? Você sequer só senta, seja no seu estúdio ou na sala de estar e fica ‘estou sozinha, preciso respirar’?
MC: É, sabe, eu venho tentando passar esse tempo, e tirar vantagem desse tempo, mas também, acho que nas últimas duas semanas e último mês, senti como, de novo, eu senti que era meu dever usar minha plataforma para ampliar as vozes do movimento Black Lives Matter, e ser capaz de participar (de forma segura), de alguns dos protestos aqui em L.A , e tem sido um tempo para todos nós pararmos, mas também é um tempo onde devemos ir e a atenção e consciência está aqui e o tempo é agora para ir lá fora. Então acho que venho tentando balancear, sabe, agora estou lendo um livro chamado ‘O Líder Inteligente’ e ele fala muito sobre seus valores e acho que o que pode acabar se perdendo na hora de ‘ir’ são os nossos valores, que são ‘por que fazemos o que fazemos’, não no nível de fazer o que fazemos seja para nossa carreira, mas porque tomamos do jeito que somos e porque somos programados dessa maneira. Então, eu meio que tenho ido ao começo, sabe, indo quando eu era uma criança pequena até o caminho para agora e pensando ‘ok, essa é quem eu sou, esse é o pensamento que forma a imagem do que eu me tornei’, mas sim, esse é o tempo agora que temos tido nesses últimos meses para auto reflexão, mas agora é sobre ‘ir’, eu acho, e tem muita responsabilidade que todos nós temos que ver justiça para todo mundo e usar nossas plataformas em um modo que possa realmente criar a mudança que queremos ver, especialmente com uma eleição muito importante chegando.
E: E nós estamos vendo na indústria musical, todo dia estamos ouvindo algo diferente. Lady Antebellum tirando Antebellum e ficando como Lady A, o Grammy tirando a categoria de ‘Urban Music’. Você acha que a mudança vai durar? Já que muitas pessoas estão hesitantes falando que esse é o problema de hoje e amanhã vai ser outra coisa.
MC: Eu sei que eu estou comprometida, e eu posso só falar por mim e o que eu sei é que é um momento crucial para eu me educar. Não sou a professora, nem a pregadora, sou a estudante e acho que a única pessoa que eu posso falar sou eu mesma, e sabe, não só os últimos 6 meses chegando para uma das mais cruciais eleições, talvez na minha vida chegando em Novembro e é isto que eu me preocupo, o que há além disso, como continuo ativa. Estou trabalhando com o Global Citizen agora trabalhando em tratamentos e trabalhando para criar vacinas e, uma vez que isso aconteça, uma vez que voltarmos para nossas vidas normais, como continuaremos ativos? Não é engraçado? Estarmos mais ativos dentro de casa do que nunca?
E: Eu falo isso para as pessoas o tempo todo. Por mais que eu tenha trabalhado antes, parece que nunca para agora. E eu acho que isso tem muito a ver com o fato de que queremos ficar ocupados, somos animais sociais e não tem separação agora, você está em casa, no trabalho, é tudo ao mesmo tempo.
MC: E também eu acho que tem sido incrível de ver muitas pessoas protestando juntos nos protestos. Nos colocando de lado e ter esse…. a gente não tem se unido na história, mas agora, olhando os últimos 4 meses, agora o que está trazendo as pessoas a saírem de suas casas e juntas nas ruas e falando ‘a gente vai tomar todas as medidas de segurança, mas temos que estar lá’. Eu acho que tem sido incrível e incrível de ver, obviamente em Los Angeles, tem sido incrível e eu tive a oportunidade de me envolver e também de sentar e escutar, e é isso que eu acho que os últimos anos, ou até mesmo os últimos 15 anos na indústria para mim, foi que como uma artista, muitas vezes a gente é cobrado falar alto, tanto nas nossas ações, visões ou opiniões, e gente tem que falar alto e ser divertido, e agora de ficar em silêncio, eu acho que é o que esta sendo perguntado/cobrado, de ficar calado, ouvir e aprender.
E: Você olha para o passado e lembra dos seus momentos mais altos e pensa tipo ‘eu não acredito que eu fiz aquilo’ ‘o que eu estava pensando’?
MC: Uma das minhas entrevistas favoritas foi quando eu disse ‘quem fuma maconha é idiota’. Aquela é muito boa e eu gosto de enviar para os meus pais, que são grandes usuários de vez em quando. Qualquer um que fume maconha é idiota, mas, de novo, tem sido muito importante para mim no último ano, viver uma vida sóbria e só porque eu realmente queria me reconstruir. Eu tive uma grande cirurgia vocal em novembro. Foi um estranho e grande acúmulo de eventos que eu descobri que precisava da cirurgia. Foram quatro semanas que eu não pude falar. Eu fiquei com músculos nos braços do tanto que eu escrevi no quadro branco, gritando com todo mundo. Eu tinha esse grande bíceps só de gritar com a minha mãe e ainda tentando fazer reuniões, mas me preparou para o silencio. E ai quando eu estava me preparando, que seria o primeiro show depois daquela cirurgia, eu estava indo para a Australia, que é como se fosse a minha segunda casa, eu estava prestes a entrar no avião no dia seguinte e fomos impedidos porque o Corona Virus já estava tomando conta, então tem sido interessante os últimos seis meses para mim, porque eu meio que fui forçada a tudo isso (isolamento) um pouco antes por causa da cirurgia.
E: O que foi a cirurgia? O que aconteceu?
MC: Eu tive…. na verdade, foi engraçado que meu medico olhou para as minhas cordas vocais e disse ‘ninguém que é tímido tem que fazer essa cirurgia, isso é pelo uso execessivo das cordas’, então não é nenhuma surpresa que eu teria isso. É basicamente por eu fazer turnês desde dos 12 anos, e, de novo, não é nem a turnê que é a parte mais difícil, é ficar acordado até tarde, Meet&Greets e coisas do gênero e é claro que eu falo muito.
E: Você mencionou estar vivendo uma vida sóbria. Você está sóbria mesmo?
M: Eu estive sóbria mesmo pelos últimos seis meses. No começo era apenas sobre a cirurgia vocal, de novo essa cirurgia foi a maior benção para mim e encontrar aquela claridade de novo, passando por muitas terapias, o que eu acho muito bom para todo mundo, as pessoas falarem sobre suas experiências na vida, são tão profundas e detalhadas, e eu tenho pensado muito na minha mãe. Minha mãe foi adotada, então muitos dos sentimentos que ela tinha e eu herdei um pouco disso, um sentimento de abandono, um sentimento de querer provar que você é querida e valiosa para os outros. Meu pai cresceu com os pais divorciados, quando ele tinha três anos, então ele meio que cuidou de si só. Então estamos aproveitando esse tempo, mesmo que eu não esteja com eles fisicamente, que na verdade os dois, que são sortudos e eu queria ter tido essa sorte, os dois moram com seus pais na propriedade, minha mãe esta em Los Angeles com a mãe dela e meu pai esta no Tenesse com a mãe dele, eu não consegui ver eles para mantê-los a salvo. Mas eu fiz muita volta na história da família, que de novo tem um vicio e desafios psicológicos, então passando por isso ‘por que eu sou do jeito que sou?’ e agora eu tenho uma melhor…. entendendo o passado, presente e futuro estão muito mais claros. Terapia é muito bom.
E: Isso é ótimo. Eu comemoro meu aniversário sóbrio dia 7 de julho. Faz sete anos.
MC: Parabéns!
E: Foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida.
MC: Sabe o que muitas pessoas comentam comigo? Especialmente quando se é jovem, existe um estigma sobre você não ser legal. Mas, minha querida, você pode me chamar de qualquer coisa, mas eu sei que eu sou legal. Uma coisa que eu adoro em estar sobrea é acordar 100%, 100% das vezes. Vai haver muitos desafios quando você acordar, e você precisa estar realmente acordado, focado, então, serão grandes mudanças que eu quero ver, e eu não quero acordar de ressaca. Eu quero acordar me sentindo pronta. E mais uma vez, com o Bright Minded eu faço melhor quando eu tenho estrutura. Quando minhas qualidades se tornam minhas fraquezas é como se elas não estivessem sendo usadas da melhor forma, entende? Um dos meus maiores talentos pode se tornar um grande problema quando eu não estou os usando, tipo, para coisas como o Bright Minded, isso acontece muito, e eu penso muito nisso e novamente eu percebo como eu cresci, meus pais me colocaram em uma escola pública e logo depois eu tiver que parar, mas eu sempre tive estrutura e depois eu não tive mais, então foi aí que situações perigosas aconteceram comigo.
E: Vamos voltar para Black Mirror. Ashley, nós não podemos olha-la e dizer que é Miley Cyrus, e eu pensei, essa é mesmo Miley Cyrus? O quanto ela tem de Miley? O que você acha?
MC: Eu acho que você pode perguntar para a própria Ashley. Eu e meus amigos fizemos uma pequena parada do orgulho aqui em casa, já que alguns dos meus amigos não puderam ir para a parada esse ano, então eles discutiram sobre quem deveria fazer a maquiagem da Ashley. Então um fez um olho, o outro fez o outro, e todo mundo quis fazer uma parte da maquiagem dela. Mas eu vou deixá-la aqui para responder algumas das perguntas. Mas, mais uma vez, obviamente existe algumas semelhanças, mas também existem diferenças que me ajudaram a desenvolver a personagem. Então estou animada para focar nelas, e falar sobre elas com você.
E: Então me diga, como aconteceu, você fez a abordagem ou eles te mostraram a abordagem que eles queriam mostrando a história primeiro ou depois?
MC: A história foi escrita primeiro, e depois que chegou até mim, e eu tipo me acabei de sorrir e coisas do tipo, por que algumas coisas eram muito obvias. Eu achei muito engraçado Charlie pensar que fosse esperto fazer o carro do “Big Mouth” muito obvio. E novamente as semelhanças como ‘estamos indo? Você é a grande pop-star, mas sem isso você é apenas uma garota normal’ tipo, querida eu já fiz esse papel antes. Então obvio que existem semelhanças com a personagem que eu já fiz antes, que na verdade, acabou se tornando minha vida. E também, obviamente, algumas diferenças que se tornaram semelhanças, como o rock’n roll, mudança de persona, e isso foi algo muito importante para mim, logo depois de Hannah Montana, eu lembro de brigar para fazer o tributo à Billy Idol ou quando disseram quem você precisa escolher alguém para se apresentar no programa da Oprah e eu escolhi Joan Jett. Todo mundo pensou que eu ia levar Christina Aguileira ou Britney Spears, mas eu queria que fosse Joan Jett. Alguém que, sabe, como John [inaldível] tenha tipo algo criativo a acrescentar, que tenha o controle da sua vida, já que às vezes, perdi aqueles fãs que me acompanharam desde o início, como aquelas que amam Ashley O e Hannah Montana. Então sobre as semelhanças e diferenças, a principal diferença, para mim, da minha personagem é que eu não tive uma tia como a Catherine, sabe, minha família e minha mãe, minha mãe tem sido minha mãe por quase 30 anos. Minha mãe continua sendo minha mãe. Eu não compro uma lâmpada para minha casa sem antes perguntar a ela se é a certa. Então, se eu não tivesse uma mãe, ou melhor, não tivesse os meu pais, eu não tenho certeza, mas talvez eu teria uma história parecida com a da Ashley. Então as coisas que tive realmente me difere de Ashley O: meus pais e minha equipe, que meus pais colocaram em minha volta. Quando estávamos procurando um empresário, nos contratamos qualquer um que Dolly disse que me protegeria. Não teve nada a ver com ‘ele vai te tornar uma estrela’ e sim com se sentir confortável com sua filha viajando com ele, e ele vai cuidar dela, vai respeitar seu valores, então, novamente, foi muito diferente dessa família e ter meu pai e Dolly para me guiar.
E: Então, me conta como foi colocar uma peruca e se apresentar como Ashley.
MC: Nós filmamos na África do Sul, o que foi muito engraçado, pois a historia se passa em Malibu, e eu morava em Malibu na época, poderia ate ser mais fácil, mas…. eu realmente me diverti lá, e foi muito legal gravar e viajar pelo mundo, e eu tive que passar um mês lá, gravando nos estúdios, trabalhando com coreógrafos que não trabalhei antes, então foi uma experiencia muito legal, tipo eu tive que ficar isolada dos meus familiares e amigos, já que eu estava disposta a me desconectar da Miley e me concentrar em Ashley. E eu acho que não estaria confortável se todo mundo estivesse em minha volta, foi um momento solitário estar distante de todo mundo. Entretanto, uma das cenas, quando Ashley acorda do coma, foi muito traumática, e esse foi o dia em que perdi minha casa em Malibu por conta dos incêndios, então, eu fui capaz de tirar esse trauma e usá-lo na cena, foi muito difícil, tiveram momentos que eu tinha que parar e me acalmar, pois eu estava entrando em colapso, foi.. foi uma época muito interessante para mim, porque muita coisa estava desmoronando na minha vida pessoal, e era a mesma coisa que acontecia na vida de Ashley. Então eu pude usar muita coisa. Mas depois dos anos, eu acho legal, ter um tempo de reflexão. Eu, não tive que lidar com isso pessoalmente eu só coloquei tudo na Ashley. E eu amei gravar a parte da fuga, essa é uma das coisas da cultura pop que eu amo, além de, brincar com os gêneros, eu amo conhecer países. Então o que me faz amar o pop é a cultura pop e seu escapismo, tem época que você quer apenas se encaixar, quando você assiste o vídeo de On a Roll, você é empurrado para outra realidade por um segundo. Uma coisa difícil nisso, é não ser compreendida pelos fãs da Ashley O ou pelos meus, que o que você ver nesses vídeos é a realidade para os artistas. Então pensamos que ela tem uma vida perfeita, tem uma casa em Malibu, ela é uma grande estrela mundial mas em casa ela sofre abusos e tortura da tia Katherine.
E: É tão interessante o fato de que você estava filmando a série quando perdeu sua casa. Porque uma das coisas que eu ia abordar, é que quando você acordou daquele coma, foi muito real, aquela reação sua, acho que nunca vi uma coisa como essa em nenhum outro projeto seu, e isso fez muito sentido.
MC: Foi real, e na verdade um dos meus melhores amigos que é tudo pra mim, sabe, ele me fala o que vestir, estava lá e ficou muito preocupado comigo porque eu estava com monitores de coração reais, e em um ponto minha frequência cardíaca estava doida e ele ficou tipo ‘ok, isso é demais, ela realmente precisa dar um tempo’, porque eu estava assim sabe e minha cabeça sabia o que estava acontecendo mas meu coração não e tinha um caminhão de comida e eu me escondi atrás dele e só desabei, coloquei tudo para fora e me permiti ser eu por 1 minuto e sentir dentro de mim por 1 minuto porque eu não queria suprimir tanto que eu voltasse em um tempo que eu não quisesse. Eu acho que é importante lidar com as coisas enquanto elas estão acontecendo. Mas de novo, eu tinha um trabalho a fazer e minha tia Katherine estava lá me dizendo… sem brincadeira, mas eu sou minha própria tia Katherine no sentido de dizer que o show deve continuar e pessoas dependem de você. Eu acho que é melhor pensar assim do que ficar tipo ‘tenho que continuar e isso é o show business’, não, é porque tem tantas pessoas que estão dependendo de mim e seus dias estão focados em nós e terminar esse trabalho e isso vem com o treino.
E: Quem eram seus ídolos enquanto você crescia? Quais posters estavam na sua parede?
MC: Eu tinha a combinação mais entranha. Então, na minha parede tinha Britney Spears e N’SYNC obviamente. Metallica, e então eu tinha Hilary (Duff), Joan (Jett), Pat Benatar, então eu não tinha ideia. Mas você deveria ter visto meu rosto quando Britney fez cover de “I Love Rock n’ Roll” em Crossroads, eu derreti. Foi como ter visto o pai, o filho e o espírito santo todos em um quarto, então eu realmente perdi minha cabeça. Esses foram mundos se entrelaçando além do que eu poderia sonhar. Mas, sim, eu acho que em maioria era a Britney em jaqueta preta, o que meio que faz sentido.
E: Eu estou te olhando agora e isso faz o maior sentido, nada de estranho nisso. Justin Bieber estava falando de Ashley no Instagram. Ashley feat Justin, vai acontecer?
MC: Cara, eu acho que nós poderíamos vir com alguma coisa muito especial. Então, eu tenho que alcançar ele mas por enquanto nada está em andamento, mas sabe, eu lembro quando ele veio com seu filme em 3D, ele era um pouco mais novo que eu, e eu estava sentada na frente dele, ele chegou em mim e me pediu conselhos de uma maneira muito amigável e eu disse ‘só tente se lembrar de tudo, tente apertar o botão de gravar no seu cérebro e se lembrar de tudo’ porque tiveram tantos momentos na minha vida que a minha mãe fala tipo ‘se lembra de quando você performou para a rainha?’ e eu fiquei tipo ‘não’ porque tinha tanta coisa acontecendo e tanto pra engolir sendo tão nova que eu não lembrei de pegar isso e lembrar e isso é algo que meu pai sempre fala ‘quando está no palco, lembre de tirar uma foto com sua mente, e salve, lembre-se’ porque, as coisas estão mudando tão rápido que é tão difícil de só lembrar e eu lembro que o tapete estava cheio de garotas gritando e todo mundo estava em todo lugar e Usher estava lá e tudo estava acontecendo e eu falei ‘só tente tirar uma foto, tente se lembrar’ e sabe, nós criamos um bom relacionamento, então acho que faria sentido e ele poderia te falar suas similaridades e diferenças com o episódio de Black Mirror também.
E: É, nós precisamos da versão do Justin da Ashley. Agora uma pergunta rápida: Qual foi sua primeira audição? Você conseguiu o papel ou não?
MC: A primeira audição que eu fui, eu consegui o papel. Foi para um comercial de feijão cozido. Você tem que procurar, mas eu odiava feijão, então eles se arrependeram tanto de me contratarem. Era Tammy Womack, era regional e eu tinha que comer essa colherada de feijão e eu ficava ‘hummmm hummm’ e tinha um balde para cuspir e minha mãe ficava doida, porque eu cuspia depois de cada take, já que eu não gostava de feijões.
E: Isso é a Miley, disse tudo. Feijão e um balde para cuspir.
MC: Sim! Minha mãe ficava ‘não podia fingir por 5 horas?’, ela ficava tão brava.
E: E quando você vai fazer sua próxima tatuagem? Aonde você faz tatuagens agora?
MC: Não tenho feito nenhuma mais. Só vou esperar abrirem as lojas, tenho prioridades no momento.
E: Miley, isso é incrível. É sempre bom te ver, seja no zoom ou pessoalmente.
MC: Espero te ver pessoalmente logo.
E: Você me traz tantas lembranças. Uma das primeiras vezes que eu te entrevistei foi na última temporada de Hannah Montana e você disse ‘acho que vai ser a última temporada’ e a Disney enlouqueceu!
MC: Se eu tivesse um cachorro para cada vez que eu fiz a Disney enlouquecer, eu teria tantos cachorros quanto eu tenho agora.
E: Miley, você é incrível, fique em segurança, eu falo com você em breve, se cuida!


Tradução: Lara Moraes, Pedro Onofri e Welison Fontenele – Equipe MCBR
Fonte: MileyCyrus.UK


Publicada por: Elton Junior

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