19.08.2020

Divulgando seu novo single Midnight Sky, Miley Cyrus concedeu diversas entrevistas a rádios e podcasts.

A equipe do Miley Cyrus Brasil está traduzindo todas elas e você pode conferir agora a entrevista de Miley a Chris Kelly da rádio KiSS 92.5 logo abaixo.

Tradução: Lucas Gomes – Equipe MCBR

Chris: Eu preciso dizer que de todos os home offices, você tem o mais lindo.
Miley Cyrus: Muito obrigado! Isso foi criado para as ligações que tenho feito.
C: Deve ter que usar muita água para todas essas plantas.
MC: São falsas.
C: Não vamos contar pra ninguém.
MC: Isso, não conte pra ninguém.
C: Miley Cyrus, olá, bem-vinda ao programa!
MC: Muito obrigada pelo convite!
C: ‘Midnight Sky’ está disponível em todos os lugares! Parabéns
MC: Muito obrigada, estou muito animada por poder falar diretamente com meus fãs novamente e com meu público. Eu nunca fiz nada assim, escrevi essa música há só seis semanas atrás, e agora estou tirando proveito da maneira pela qual a música tem podido ser entregue diretamente. Estava falando hoje com minha irmãzinha sobre como eu fazia cópias físicas dos meus álbuns e que não tinha outra escolha, e eu assinava, sentada por várias horas, as pessoas compravam. Mas agora não é mais possível fazer isso, você costumava escrever uma música seis meses antes do lançamento, e há seis semanas essa música nem existia, mas agora tenho a oportunidade de tocar pra vocês.
C: Miley, mas você é uma pessoa que só faz o que você quer. Se Miley quer lançar uma música, sinto que Miley pode fazer isso.
MC: Eu sou assim mesmo, só não tinha as ferramentas para isso. Apenas não era uma opção. Não era sobre não fazer o que eu queria, era sobre, sei lá, agora estamos todos fazendo coisas de modos diferentes nesse ano, então é muito legal poder escrever uma música, criar um visual, e dar direto para o meu público, é incrível.
C: Sabe, eu odeio algumas das manchetes. Algumas delas dizem: “Miley está de volta, retornando ao pop”. Eu odeio quando as pessoas dizendo ‘retornando ao pop’. Eu detesto!
MC: Sim! Eu acho que não é verdade, pois, para esse trabalho, eu queria que as pessoas percebessem que não é uma ideia nova. É quem eu tenho sido. Eu fazia covers de Stevie Nicks quando tinha 13 anos, durante as turnês da Hannah Montana e, obviamente, a atmosfera desse tipo de música, as danças, rock, pop (que costumava ser por ‘popular’), “I Love Rock n Roll” é uma música pop. Pop é só o que as pessoas amam e é música boa, eu acho que é tão brega ficar preso a um gênero.
C: Acho que as pessoas esquecem que músicos são artistas. Sei que soa como algo estúpido, mas acho que as pessoas esquecem que existe essa conexão de que você cria a arte que quer criar. Sim, pode mudar de acordo com sua mudança pessoal, sim, pode mudar conforme o mundo para e recomeça.
MC: Acredito que seja meio que o contexto do meu episódio em “Black Mirror”, que artistas pop são criações ou até recriações, mas não acho que essa seja a verdade por trás de todos os artistas pop. Quando você pensa sobre David Bowie, ele foi um artista pop e uma lenda do rock n roll, Elton John também é um artista pop. O que pop é entrou nessa coisa de segregar as definições e essas definições só são aceitadas quando queremos. Penso que gênero que é algo precisa ser visto com mais liberdade. Você pode se relacionar com os gêneros da maneira que quiser.
C: Sobre o episódio de “Black Mirror”, sei que foi ao ar há algum tempo, mas nunca tive a chance de falar sobre com você. Sair um pouco da estrela internacional Miley para entrar na estrela internacional Ashley O, te ensinou algo sobre si mesma?
MC: Definitivamente não foi um papel que eu precisa cavar muito, porque era real para mim, os desafios, e o fato da música ser usada por algumas pessoas como fonte de riqueza, especialmente para o aspecto corporativo da música. Hm, mas, acho que, para mim, acho que fez eu me sentir feliz, pois nunca tive uma vida da Ashley O, eu entendo de onde saiu e o estereótipo de que artistas pop são criações, mas fez eu me sentir agradecida por nunca ter tido uma experiência dessas.
C: Uma coisa que eu acho engraçada é que eu costumava ligar muito para o presente, o que as pessoas pensariam de mim agora, o que eu teria que fazer com minha vida agora, mas quando o mundo parou, o presente… eu sei que parece dramático quando eu digo a palavra “parar”, “o mundo parou”, sei que não parou, odeio dizer Covid19, cansado disso.
MC: Mas uma coisa que eu tenho a dizer que carrego comigo por muitas experiências é que nos lembramos do passado melhor do que foi, presente pior do que é, e o futuro mais resolvido do que jamais será. Sabe, olhamos para o futuro pensando que vamos resolver tudo, tudo será perfeito. Não! Você vai se apressar para resolver uma coisa e vai aparecer uma fila de outras coisas que você vai ter que lidar, não acredito que a “a grama do vizinho é sempre mais verde”, sempre tem algum problema por aí. Eu não tenho a mentalidade de que exista algo esperando por você do outro lado. Existem coisas ótimas te esperando do outro lado, mas também acho que acontecerá com suas próprias dificuldades, essa é a vida. São desafios, seria tão chato se não houvessem desafios, é bom para todos.
C: Talvez não seja a primeira, mas a primeira coisa que o mundo teve que lidar de uma vez só é que, não importa onde estivesse, tinha esse único problema que o mundo inteiro precisava conviver imediatamente, sem ao menos saber como.
MC: Algumas vezes você tem que parar e pensar “WOW, todo mundo tem que refletir sobre si”, foi aí que todos pensaram juntos.
C: Quando você parou para fazer isso? Porque de repente estava fazendo seu talk show, começou a criar música, parece que a coisa te energizou.
MC: De certo modo, sim. Eu tirei as primeiras semanas para fazer o que todos estavam fazendo. Assisti “Love Island”, “Love Is Blind”, assisti todos os lixos, e então percebi que estava poluindo meu cérebro e comecei a criar dramas falsos na minha vida, pois meu cérebro estava tao acostumado com drama que de repente eu comecei a dizer coisas que não eram reais em minha vida, para que eu pudesse me sentir como se estivesse em “Love Island”, então agora parei de assistir TV.
MC: Eu sou um verdadeiro papagaio. Se eu vejo algo, de repente eu começo a reproduzir. É horrível. Como se alguém sofresse um acidente de carro, de repente estarei naquilo. Eu pego as coisas muito fáceis, meu cérebro é uma verdadeira esponja, então eu não posso assistir muito reality shows porque eu me torno a rainha do drama.
C: Na próxima entrevista que fizermos com Miley Cyrus, ela estará toda vestida de Jersey.
MC: Meu Deus, sim, meus amigos tentaram me convencer a assistir “Floribama”, eu fiquei tipo “isso é muito próximo da minha realidade, conheço essas pessoas, eu provavelmente fui à escola com eles”.
C: Agora eu preciso te perguntar, o seu talk show no Instagram vai virar algo maior? Porque todos estão começando coisas novas, e isso foi tão especifico. Alias, ainda está fazendo?
MC: Não. Reescrever minha história foi muito importante, eu adoro diários e acho que são uma ótima ferramenta de auto reflexão, e muitas vezes eu coloquei uma batida nela e chamei de ‘single’, então foi o mesmo que aconteceu com isso.
C: Tenho certeza se seu diário for tão cheio quanto o meu…
MC: Meu Deus, meu diário é encharcado. Talvez nem tanto…
C: Então vamos traduzir isso, espero que alguém faça
MC: Talvez sim, é como em ‘Midnight Sky’, “não pode morder o diabo na minha língua”, se eu penso, eu falo, inclusive é algo que tenho trabalhado, mas meu diário é pesado.
C: Isso foi inclusive um conselho que Alicia Keys me deu, na verdade, não foi diretamente pra mim, mas estava em seu álbum, mas gosto de interpretar como se ela houvesse dedicado à mim.
MC: Sim, isso é ser artista.
C: Você deve ficar alerta para dizer o que quiser no momento certo, para, no futuro, não se arrepender por não ter dito. Porém, tem momentos que isso pode ser difícil e você precise de uns trinta segundos.
MC: Cara, se houvesse feito mais isso durante os anos, hoje eu estaria numa posição diferente, mas é algo que você precisa aprender, mas estou feliz por eu ter podido polir essa habilidade de ‘morder o diabo na minha língua’.
C: Mas aqui estamos e acho que você no passado ficaria orgulhosa de quem você é no presente.
MC: Eu, com certeza, me sinto assim.
C: Bem, ‘Midnight Sky’, lançada agora, tem mais coisas por vir?
MC: Está entre as outras personalidades. Gosto de brincar com pessoas como você, que ficam tipo “isso é muito pouco, eu preciso de mais e mais”.
C: Não quer dizer que sou assim, só estou dizendo, e se estiver algo que eu possa arrancar, eu vou.
MC: Sim, eu estou gostando muito dessa pegada de ter singles com visuais porque meus clipes dirigem a minha música, mas também estou ansiosa para nós sairmos desse tempo e ter como se conectar de verdade. Esse trabalho foi feito para o Glastonbury cheio de lama, para os shows com todos suados do lado de fora, as garotas nos ombros dos namorados, enfim, foi feito para nos conectarmos pessoalmente e estão todos aí trabalhando muito para que isso seja possível o mais breve. Temos que ser muito gratos por essas pessoas, pois será algo ótimo para quando meu álbum sair, mas temos que agradecer a todos os profissionais de saúde que estão trabalhando para isso acontecer e nos encontrarmos novamente.
C: Estou satisfeito com o single e o clipe, e foi incrível que você dirigiu o vídeo sozinha.
MC: Você não faz ideia do quão trabalhoso isso foi, foram tantos dias que eu chorei por tanto trabalho que eu peguei e daí teve um dia que eu comecei a chorar e depois a rir porque eu percebi que eu só estava lavando meu cabelo, falando com meus irmãos, e daí eu literalmente emergi na criação desse vídeo, editando, criando as cenas, a auto reflexão e o disco ball refletindo essa coisa dos estilhaços que são juntados para fazer algo completo novamente, com luzes iluminando, foi uma construção tão pensada. E quero falar sobre pessoas ‘quebradas’ que encontram seus lugares de novo, é incrível.
C: Acho que é porque estamos todos um pouco quebrados.
MC: Por isso tem tantos, porque não é só uma representando a mim mesma, estão representando todos.
C: Posso escolher qual eu sou?
MC: Você quer ser a maior? Essa sou eu!
C: Sim, você é a maior.
MC: Okay, mas todas são muito fofas e eu vou te avisar qual foi escolhida.
C: Tudo bem, eu sou a menor no final.
MC: Tá bem, vou te dar um certificado.
C: Beleza, obrigado. Miley Cyrus, muito obrigado por ter separado um tempo hoje para estar no programa, estou muito agradecido. Amei a música, mal posso esperar para mais, mas não se preocupe, vou me divertir com essa.
MC: Obrigada, você é tudo, obrigada.
C: Tchau.
MC: Tchau.

Você pode ler todas as entrevistas recentes de Miley traduzidas clicando aqui!


Publicada por: Elton Junior

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