22.08.2020

Miley Cyrus concedeu entrevista ao famoso podcast estadunidense “Call Her Daddy” na semana passada para divulga seu novo single Midnight Sky.

A equipe do Miley Cyrus Brasil transcreveu e traduziu a entrevista completa e agora você pode ler em português logo abaixo!

Tradução: Lara Moraes, Pedro Onofri e Welison Fontenele – Equipe MCBR

Alexandra: Daddy gang vocês podem me escutar? Aqui é Alexander Cooper e eu estou sentada com quem eu considero, a fodona!
Miley: Yahhhhh!!
A: Não era pra falar agora.
M: Meu Deus, desculpa, meu primeiro podcast.
A: Sem problemas, sem problemas, está tudo bem, apresentando MILEY FUCKING CYRUS!
M: Obrigado por me receber no programa, e vir a minha casa, e sentar em baixo da minha árvore com globos de disco.
A: Eu estou me sentindo muito vibes.
M: Sim é muito vibes.
A: E em frente da gente, temos um penis.
M: Dois penis! Antes de você chegar em casa eu olhei para minha sala e pensei em algo que as pessoas quando chegam na minha casa pensam que é assustador, tipo eu tenho dildos, e as pessoas falam “não coloque isso, é inapropriado”, mas eles nunca foram usados.
A: Mas esse é o Call Her Daddy podcast, nós vivemos por algo relacionado a sexo.
M: Essa é a plataforma certa para mim, esse é o único lugar apropriado então.
A: Então, a música Miley eu tive um orgasmo escutando, brincadeira, a música e icônica, nos fale um pouco sobre ela.
M: Eu sempre quis introduzir nos meus fãs algo que eles provavelmente não tem acesso. Como o Backyard Sessions, cantando Jolene;ou quando eu cantei Smells Like Teen Spirit quando eu cantei em uma tour na época de Hannah Montana e todos os fãs ficaram chateados.
A: Tipo, “Miley, o que você está cantando?”
M: Mas aí, uma ou duas mães estavam cantando comigo. Eu sempre fiz covers, mas eu sempre queria me sentir. Eu queria uma música clássica, de uma era que eu me inspiro muito. Mas tinha que ser algo que eu não tivesse medo de lançar, que não tivesse remorsos, que eu não me arrependesse em relação ao tom, melodia, letra. E como você sabe, o vídeo, a letra fala sobre o quão especial é ser pansexual, bissexual e como nós agimos em relação aos gêneros, quando eu canto “See my lips on her mouth” ou “He got his hands on my waist” não é para pessoas que não conseguem identificar com esse tipo de música, pois para mim e para as pessoas que escutam minha música é muito empoderador, e é uma música que é muita honesta. Quando eu e você estávamos assistindo ao vídeo e falando como o vídeo capturou o meu espírito, e isso nunca tinha acontecido antes, e eu senti o mesmo sobre o vídeo. Eu senti que era eu na minha forma mais autêntica, então é como se fosse uma vitória própria. Foi isso que conversamos, como eu me sinto se estivesse florescendo.
A: Muitas pessoas que escutam o meu podcast tem muito medo de aceitarem quem eles são, eu queria falar um pouco sobre você, a sua sexualidade, e como é muito aberta quanto isso e que ama tudo e não se fechando em uma caixa, e eu sinto que essa musica esta mudando o jogo. Você esta falando de uma mulher, esta falando de um homem e é normal e vem da Miley Cyrus e você pode ouvir ela, você pode beijar uma mulher, você pode beijar um homem e esta tudo bem.
M: Eu gosto da ideia que você fala que é normal, porque eu acho que a normalização é o primeiro passo para a total aceitação, e eu acho que não apenas para se sentir normal por fora, mas de se sentir confortável com si mesmo. Definitivamente escrever no estúdio, ate com um dos meus parceiros, e tentar explicar isso a eles do porque isso era tão importante, mas era meio confuso. A estrutura pop é que o refrão se repete toda vez, então fica grudada no seu cérebro, então quando for pro show, consegue ficar louco. Eles não ficam sempre dizendo “ei espera, o que ela esta cantando” é tipo uma formula, normalmente quem faz musica pop conhece uma formula do pop…
A: Quando eu escutei “I was born to run, I don’t belong to anyone” eu fiquei tipo “tchau, boa noite“.
M: Eu estava pensando nisso hoje. Antes de você chegar aqui, eu estava com o meu moletom, minhas calças leggins. Eu estava na minha cozinha, eu estava pensando no que eu iria falar, porque eu normalmente não tenho essa liberdade de realmente falar, isso é uma coisa que eu aprendi sobre podcast, é que você pode realmente se entregar a isso, e eu as vezes realmente sinto que em shows eu me entrego tanto que eu não penso totalmente direito. Então, pensando totalmente direito, eu estava sentada com as minhas leggins realmente trabalhado, e eu sabia que viria aqui, eu me arrumei, me maquiei em 15 minutos e arrumei o resto em 15 minutos, e eu percebi que uma coisa que seria importante de falar é que eu não estava me arrumando pra você ou para alguém me achar sexy, eu estava me arrumando pra mim, e eu acho que é algo diferente agora que eu estou mais velha e eu acho que isso aconteceu durante o meu último término, talvez desde quando eu tinha 26, apenas no ano passado, eu sempre estou fazendo o que eu quero para mim. Eu não acho que teve um período que, eu sei que não é a melhor coisa de se falar, mas não houve um período em que eu me senti totalmente insegura com a minha sexualidade. Eu sempre fui desse jeito, eu fiquei totalmente pelada quando eu tinha 3 anos e rolava no chão, então essa sou eu.
A: Todo mundo amou quando você fez na televisão.
M: Oh sim! Eles amaram isso. Então eu estava pensando sobre como o último ano eu tive a chance de, a gente estava conversando no sofá antes de começarmos, de como essa momento de conhecimento próprio que tem acontecido universalmente e culturalmente, e eu tenho tido isso nos últimos anos com um pouco de drama, com a minha casa pegando fogo, basicamente um dos momentos mais transformadores da minha vida. Passando por uma enorme separação, eu sinto que uma coisa que eu ganhei com essas perdas, foi um ideia de que o que eu faço é para mim e isso não significa que você é egoísta, e isso vem de toda a culpa, que eu e você estávamos conversando, vem de toda a culpa que eu sempre tive de me sentir… eu sei o quanto eu sou privilegiada eu sou e não me sinto confortável com isso, não me sinto confortável com o meu privilégio, mas eu acho que o único jeito foi através de um pouco de trauma.
A: Eu só queria dizer primeiramente, essa é a coisa mais bonita, porque honestamente, entrando na sua casa, eu não tinha a menor ideia do que esperar, eu fiquei tipo “estou prestes a conhecer Miley Cyrus” é claro que eu assisti Hannah Montana, eu fiz vídeos embaraçosos fingindo ser você quando eu era mais nova e agora, como a apresentadora de Call Her Daddy, eu estou super animada para conhecer a mulher que tem tanta liberdade sexual e é um ícone para nossa geração, e eu não tinha a menor ideia, estava preparada para entrar e ficar “oi, posso me sentar? Vamos conversar” e você é tipo, tão normal. E claro, você não é tãaao normal, mas é normal, e eu acho que falar que passou por trauma e que está bem pela primeira vez na vida dizendo “vou fazer tudo por mim” é lindo pra caramba e meio que me mostra não importa o quão famosa você é, ou quem quer que esteja escutando, tipo no Nebraska, todo mundo deve ter tido aquele período na vida em que fica “porra, estou fazendo isso por um cara, por uma garota? Estou fazendo isso por outra pessoa além de mim?” E você tem que achar uma solução, seja por trauma, claro que é um saco, mas não acha que era pra ser? Porque olha onde está agora.
M: Meu Deus! Sou tão grata por aquilo ter acontecido. Eu não sei porque isso passou pela minha cabeça enquanto eu estava me aprontando, colocando meu kitten heel, pondo minhas coisas e ficando “é honestamente pra mim” e tenho muita culpa, desde que eu era mais nova, as coisas têm sido muito fáceis pra mim, se eu experimentasse algo uma vez, eu podia fazer e eu sei que não é do mesmo jeito pra todo mundo e não sei porque é desse jeito pra mim, e eu tive momentos difíceis tentando aceitar isso. Não gosto quando as coisas são fáceis, eu gosto de trabalhar duro. Sou daquelas pessoas que se eu não consigo fazer na primeira vez, faria mais 100 vezes até eu conseguir, mas eu nunca precisei. A única vez que eu tive essa experiência que não era pra mim ou não funcionou é em relacionamentos. Eu tenho um grande medo de ficar sozinha porque, estou sempre cercada de pessoas, e minha ideia de como é ficar cercada por pessoas não significa ficar cercada por amigos, tipo 15 pessoas, e sim 15 mil pessoas. E a ideia de como seria drástico de ir de cheia pra vazia é muito dramático, e eu tinha muito medo, muita culpa.
A: A gente estava falando sobre isso antes do podcast, eu fiquei tipo ‘você está fazendo terapia?’ Quem pergunta isso? Mas eu amo, você gosta de terapia?
M: É a melhor coisa!
A: Achei muito bonito esse seu crescimento e auto reflexão de sucesso ou não em relacionamentos e eu fico ‘Miley, você é famosa desde tão nova’ e é como se fosse agora que você está ‘ok, o que vou fazer com a minha vida?’ Porque você trilhou um caminho tão longo, performando para tantas pessoas e agora, o que te faz feliz?
M: Essa é uma perspectiva muito interessante, porque eu nunca tinha pensado dessa maneira. Eu acho que eu estou na idade em que eu estaria saindo da faculdade, começando o primeiro emprego, muitas pessoas estariam começando sua vida agora. E eu estou meio que naquele sucesso da meia idade e até depois da linha final. Eu até li sobre atletas que tem uma coisa chamada “winner’s blues” e é quando você sentiu muito da dopamina e do sucesso e a pressa que a quebra disso é tão difícil.
A: Eu já conversei sobre alguns atletas aqui no podcast, é uma piada, mas eu gosto de ficar com atletas e a vida deles é tão difícil porque acaba com 30, 40 anos a carreira, e depois é tipo ‘o que você faz?’
M: E pode acontecer do mesmo jeito para artistas femininas no pop. Tem muito envelhecimento e sexismo. Eu acho que é uma perspectiva muito boa de dizer ‘minha vida está começando agora’, não importa o que eu decida fazer com isso. E é isso que faria se estivesse passando seus anos na faculdade, no estágio ou procurando seu emprego, aí chega nos 27, 28, 29, 30 e fica ‘o que eu vou fazer com as habilidades que eu coletei?’.
A: Engraçado que eu tava lembrando da era Bangerz, que você se livrou da imagem de Hannah Montana, da Disney, e quando você olha atrás pra essa era, o que te faz sentir?
M: O que é tão estranho sobre isso é que isso também foi pra mim, acho que esse era o círculo completo da minha história que estava chegando. Eu realmente não ligo o que as pessoas estão fazendo com suas vidas, contanto que estejam sendo uma boa pessoa e eu ainda não consigo acreditar que as pessoas estejam ligando tanto com o que eu estou fazendo mas nos momentos que eu quero que prestem atenção, como quando estou lutando contra injustiças ou tentando normalizar minha comunidade LGBTQ que eu sou orgulhosa de fazer parte. Quando se fala disso, fico feliz de ter a atenção do que eu faço e atenção não é algo que eu possa ligar e desligar, não vem com botão. Então estou muito feliz que as pessoas estão interessadas em mim e nas escolhas da minha vida, porque isso significa que eu tenho uma plataforma alta. Mas eu acho que aquela era do VMA de 2013 foi um despertar, e eu só estou indo pro round 2 agora.
A: Quando você percebeu que não era só atraída por homens? Quantos anos você tinha?
M: Eu sentia atração por garotas bem antes de sentir atração por homens. Quando eu tinha 11 eu pensava que a Minnie Mouse era muito gata, o que foi bom porque eu fui parar na Disney, então minhas chances com a Minnie aumentaram. Eu sempre achei que as personagens femininas em filmes era bem mais atraentes do que qualquer um dos caras, nunca entendi o que essas garotas estavam fazendo com esses idiotas. E quando eu tinha entre 11 e 12, minhas amigas começaram a me falar o que elas faziam com caras e eu realmente não entendia, então eu acabei ficando com várias amigas. A primeira pessoa que eu beijei foi uma garota, duas delas.
A: E você passou da primeira base?
M: Sim!
A: E quando você ficou com um cara?
M: Eu nunca fui até o final com um cara até ter uns 16, não era Nick Jonas, mas eu acabei casando com o cara, isso é muito louco.
L: Meu deus! Então esse é o primeiro cara que você ficou?
M: Sim, e eu menti e disse que ele não era o primeiro para não parecer uma perdedora. É muito mais sobre uma história com o círculo completo. Eu não conseguia pensar em ninguém quando me faziam essa pergunta, então eu só inventei alguém, que eu conhecia, mas nunca tínhamos feito sexo antes. Mais tarde, esse cara casou com um amigo meu, então quando eu tinha 24 eu tive que dizer que eu menti quando eu tinha 16.
A: Você tem um “tipo”? E quem é você no relacionamento? Você é a louca, ou a normal?
M: Eu normalmente reclamo que eles são chatos, mas é isso que eu preciso. Confiantes. Preciso de raiva, do peso. Mas quando eu estava pensando nisso ontem, eu estava pensando que alguém tem que trazer mais para a mesa do que o prato. Eles não podem simplesmente preenchê-la toda vez. E acho que essa é grande parte da minha vida, preencher pessoas por trás e isso pode me fazer ir pior que zero.
A: Você acha que é difícil, pelo fato de você ser tão famosa, como você namoraria uma pessoa normal?
M: Isso que relacionamentos femininos terem mais sentido pra mim. Porque pelo papel que eu estava, fazia mais sentido. Não tem essa coisa estranha se eu pagar por tudo. É um estereótipo também. Se eu ficar com uma garota, estou totalmente aberta a uma chefona tão sucedida quanto ou mais sucedida que eu, mas eu senti que, com as mulheres que eu estava próxima, o papel parecia mais fácil pra mim, porque, até em relacionamento com homens, muitas vezes eu tenho um papel mais dominante e isso me fez sentir menos desconfortável. E depois me fez sentir que eu estava escolhendo parceiros pela ansiedade e isso não é nada que eu represento ou acredito. Então eu penso “eu preciso achar um cara que é confortável suficiente nele mesmo, que é okay que eu sou masculina e forte e nas minhas qualidades que tendem a me associar com o papel masculino”.
A: Acho bonito que você sente melhor ficar com uma mulher, que você pensa “se eu achar um homem que pode aceitar isso, ótimo”, mas agora, pra você, o relacionamento feminino está funcionando melhor.
M: É, isso fez muito sentido uma hora. Acho que eu tenho sido muito experimental, fiquei com vários tipos de caras e garotas. Fiquei com garotas muito femininas, garotas que me fizeram sentir mais feminina. Eu realmente não tenho um “tipo”. Só acho que a pessoa deve trazer algo para elevar minha vida e, isso em todos os meus relacionamentos, não apenas minhas relações sexuais.
A: Você sabe quais são suas linguagens românticas?
M: Então, minha linguagem romântica me faz parecer uma babaca mas eu não sou. É o “serviço”. Eu odeio presentes, são tão embaraçosos, não sei o que fazer com meu rosto, eu odeio. Gosto de serviços porque eu diria que no dar e receber, eu amo fazer coisas para as pessoas. Eu lembro de um namorado que eu tinha, que achou muito estranho que eu montei um bong caseiro pra ele no seu aniversário, mas eu prefiro que alguém faça algo pra mim, um ato musical ou de serviço que leva tempo.
A: E como a Miley recebe amor?
M: Então receber eu gosto muito quando as pessoas fazem algo para mim. Eu também gosto de gastar tempo de qualidade. Mas em ênfase na qualidade, não só tempo, quero só preencher o espaço, quero que traga algo para a mesa, isso é algo que eu realmente demando agora que estou ficando mais velha. Eu permiti tanta gente sugando a vida ao meu redor e eu estou farta disso.
A: É, eu ia te perguntar. Consigo pensar em várias pessoas que já passaram por péssimos relacionamentos, todo mundo passou por términos e, tem alguma dica para qualquer um escutando passando por um término?
M: Então, eu tive um relacionamento público de dez anos, e foi um grande termino. E espero que você aqui sentada comigo não tenha essa percepção pública, eu sou uma pessoa muito lógica, organizada.
A: Sim, você é…
M: E muito centrada, é por isso que eu amo listas. Meu mundo gira em torno de listas. Meu mundo se desmoronaria se eu não fizesse listas. Todos os dias eu faço listas de coisas que eu quero, o que eu vou guardar e qual meu próximo passo. E com o término, eu tentei não me perder em meus sentimentos, e também não queria que as mulheres me chamassem de piranha, tipo o mundo vai continuar girando, é como uma morte quando você perde um amor, às vezes pode até parecer fácil, e como se…
A: Mas não é algo que você pode deixar de lado é seguir em frente, porque a pessoa ainda continua viva.
M: Siiim, a pessoa continua andando na terra, e fazendo escolhas, porque isso é uma escolha, e a morte não é uma escolha. Então para não se perder nas suas emoções e continuar lógica, faça uma lista de coisas que você está ganhando e coisas que você está perdendo, o que tudo isso tem contribuído para sua vida, e para validá-los, numere de 1 à 10.
A: Porra, a Miley descobriu tudo.
M: E depois veja qual tem mais, as coisas que você está perdendo e as coisas que você está ganhando, para que no próximo relacionamento você possa ter coisas que você pode aceitar e coisas que você nunca mais vai aceitar em um relacionamento. E então você olha para essas duas coisas, a que eu acho muito importante em um relacionamento e a que eu acho menos importante. Eu gosto de pessoas que tomam de conta de si mesma. Eu acho que a forma como a pessoa trata si mesma, é o modo como ela trata as pessoas.
A: Isso é muito verdade.
M: Então eu sou muito fã de comer saudável, de pessoas cuidando de si mesmas. Eu sabia que o lugar de encontrar o meu próximo parceiro não seria em um Burger King, se comer saudável e cuidar de si mesmo é importante, eu sei olhar em comunidades onde esse tipo de gente irão se reunir. Eu não procuro mais em nenhum tipo de encontros de AAA (alcoólatras anônimos), porque eu não quero ajudar tanto alguém em sua jornada porque eu tenho que cuidar de mim mesma. Mas, eu não gosto… Se alguém que está vivendo a vida sóbria, não vá para a boate procurar o seu próximo parceiro, então se coloque em lugares aonde irá ter sucesso que então você não fica preso em “eu só estou perdendo o meu tempo com toda essa gente”, então você pode realmente controlar o tipo de gente que irá fluir para dentro e fora da sua vida e você pode criar uma espécie de ‘sistema de filtração’. Eu eu filtrei a minha vida no que eu vou aceitar e o que não vou aceitar.
A: Me desculpa, mas você realmente descobriu…
M: Eu gostaria…
A: Eu sei que não, mas essa merda ai…
M: Isso ajuda.
A: Vocês estão escutando? Escrevam isso.
M: Isso ajuda com qualquer coisa, até mesmo com as pessoas na sua vida. Então você olha para as pessoas que significam mais para você, por exemplo a minha mãe é a que significa mais para mim, então eu listo as qualidades dela e o que eu amo sobre ela e eu tenho achar pessoas daquele jeito, porque um dia eu posso não vou ter minha mãe nesse mundo e eu quero ter pessoas que tenham o espírito vivo dela durante isso e eu faço coisa que… existem pequenas faíscas que nós somos tipo um e somos divididos em nossos próprios meios de energia e pequenas almas, mas somos tipo um só de alguma maneira, então eu acho que conseguiria achar esses pequenos pedaços dela em outras pessoas.
A: Cara, isso é tão lindo. Você é muito madura.
M: Eu não sou na vida real.
A: Miley, olhe os fatos.
M: Eu não sou na vida real. Eu ainda amo pênis e todas as coisa, mas eu esqueci da ideia de… Eu não sei… Eu acho que existe um nível de lógica para tudo. Você não vai se perder em nada.
A: Isso é brilhante. Espera, você não está fumando maconha mais?
M: Eu não estou fumando maconha mais.
A: Okay, espera. No espírito de ser chamada de “Call Her Daddy” eu sempre falo que sexo após fumar é o melhor. Sexo bêbado, é divertido as vezes, mas é tipo kate, meio desleixado.
M: É meio pegajoso. Eu nao gosto de suar.
A: Sexo depois de fumar pode ser o melhor tipo de sexo, principalmente se você está fumando o tempo todo e tenho sexo chapado e como que você está lidando com isso?
M: Eu estou ótima. Uma coisa engraçada sobre isso, a minha identidade é relacionada a sexo de uma forma muito mais profunda do que a minha sexualidade, se isso faz sentido. Então, a minha identidade e o que eu sou como uma pessoa é muito sexual e quem eu sou como uma pessoa sexual é de novo, talvez eu seja uma psicopata egoísta, mas sexo é realmente sobre eu e minha mente.
A: É claro.
M: Aparentemente tudo é sobre eu e minha mente.
A: Tudo é sobre a Miley, mas a gente consegue proporcionar um orgasmo a nós mesmo.
M: Eu sinto que… Vamos pensar sobre a minha vida sexual. Eu me excito com o que as pessoas contribuem na minha vida e no momento, ter alguem que tambem está sóbrio é muito sexual pra mim, porque é algo muito presente, mas eu acho muito engraçado de como a minha identidade é embrulhada na sexualidade, quando a minha sexualidade se identifica muito com a minha identidade e como eu sou como pessoa. Isso faz sentido?
A: Vocês estão com a gente? Eu me perdi um pouco.
M: É muito estranho. Eu só acho que as pessoas pensam em mim como um indivíduo hipersexual…
A: Certo. Como se você tivesse sexo o tempo todo, 24 horas por dia.
M: Eu gosto mais de sexualidade do que eu gosto de sexo. Isso é uma forma melhor de explicar.
A: Ok. Aí está.
M: Eu gosto muito mais de sexualidade do que sexo. Eu… mas eu também não mexo com preliminares, porque eu sou muito ocupada.
A: Sério?
M: Eu não faço preliminares, porque todo mundo vai te falar, até o meu trabalho, eu não gosto de provocar as coisas. Eu gosto de não falar nada e aí entrar no ato e te assustar dessa maneira. Então essa é a minha praia. Eu tenho muita coisa acontecendo no momento, eu não tenho tempo de sentar e sacudir a minha buceta, eu quero terminar logo e voltar a editar meu clipe.
A: Espera, então você joga lubrificante lá e…
M: A gente joga lubrificante e apressa. Se eu estou de bom humor, estamos bem. Eu não preciso de lubrificante, pra ser bem sincera.
A: Entao se voce ta de bom humor, só grudar ali e…
M: Só apresse. Apresse e faça ser bom, mas eu não sou do tipo velho que “eu não quero transar”, eu passo por fases que eu penso que posso fazer sexo por mais tempo com mulheres do que homens.
A: Sério?
M: Talvez seja porque chega lá e já está meio caminho andado, e eu acho que mulheres são muito mais atraentes, eu não quero encarar um pênis por muito tempo, você me entende? Então eu definitivamente faria preliminares por mais tempo com uma mulher do que com um cara. Eu realmente não quero olhar para um pênis por mais tempo do que eu tenho que olhar, é por isso que eu quero que ele vá dentro para sair logo da minha cara. Eu não quero isso na minha frente. Eu gosto de pênis como estética.
A: Sim, sim, tipo coloque eles com brilhos.
M: Exatamente.
A: Eu sempre falo para as garotas que pensam ‘é estranho tipo eu não sou lésbica, mas eu gosto de assistir videos porno de mulheres’. Mas você não quer ver um pênis na sua cara.
M: Mulher são muito mais quente. A gente sabe disso. Eu acho que todo mundo pode concordar que desde dos tempo primórdios, pênis formam lindas esculturas, mas mesmo assim, eu não estou tão interessada.
A: Eles são um pouco assustadores.
M: Eu gosto de pênis como peças de arte, como escultura, eu amo o formato e eu acho que fica muito bom em uma mesa, é bom se pode entrar e ir embora, porque ele me olhando. Isso é como eu realmente me sinto. Eu me sinto bem em falar isso. Todo mundo sabe que peitos são mais bonitos que bolas, todo mundo sabe. Me desculpa. É a verdade. É por isso que é tudo sobre mim, porque eu secretamente olho pro meu próprio corpo.
A: Está certa. Você fica tipo ‘eu sou tao gostosa’, seu pênis é tão feio, mas olha pra essa buceta.
M: Exatamente!
A: É por isso que é muito melhor ficar com mulheres.
M: Lingerie é para mim. É por isso que é tudo sobre mim. Eu não ligo. No seu show você pode falar sobre você. Eu quero olhar pra baixo e me ver em uma coisa que me deixa gostosa. Eu tenho algumas pecas intimas da channel que eu não são bem bonitas assim para um cara, elas são um pouco no estilo ‘vovó’, mas elas são tão fashion, eu sou obcecada por elas, então eu uso elas pra mim.
A: Eu acho que muitas mulheres têm muito medo e pensam ‘a minha buceta é feia? eu sinto que os meus lábios não são tao fofos, ou meu clítoris é grande’, tipo… Não!!! Você tem que conquistar a sua própria buceta.
M: Você tem que fazer amizade com você mesma, namorar você e eu também acho que tem isso que se você se sentir mal com a sua vagina, apenas pesquise pênis no Google e você se sentirá bem.
A: Isso são realmente fatos. Quando acaba você fica “olha só essa cenoura bebê”.
M: Isso não é a minha praia.
A: Se você ficar com um cara, eles percebem que…
M: Que eu não sou tão interessada assim?
A: Sim, sim.
M: Eu acho que eu não faria isso se eu não gostasse disso, no momento eu me sinto bem, mas depois… eu fiz um oral recentemente, mas não foi tão divertido como eu achei que iria ser. Honestamente, demorou muito tempo. Eu sou muito ocupada. Eu falo isso todo dia que eu não gosto de fazer sexo de manhã, mesmo que eu costumava gostar, eu não faco porque eu fico pensando nos editores em Nova York, eu fico preocupada com eles, você viu o vídeo, ter certeza que o chiclete aparente lustroso… é mais importante e eu nao tenho tempo de sentar e brincar com a minha vagina. Eu preciso que tudo esteja no meu esquema. E eu não sou babaca, porque se homens falam a mesma coisa, eles são os patrões, eles estão mexendo com seus negócios, nao são todos os homens, eu não estou generalizando, mas e os homens que trabalham no dia do aniversário dos seus filhos, meu pai teve que trabalhar no meu aniversário; se você é uma mulher e você fala ‘ei eu não tenho tempo de fazer oral e você porque eu quero trabalhar’ você é babaca, mas se você não aparecer na festa de aniversário dos seus filhos porque você tem que trabalhar, você é a chefona. Isso é muito fodido.
A: Eu acho tão bom como você é tão aberta a isso, porque eu acho que existem muitas mulheres que falam tipo ‘é.. eu rodei naquele pau e eu sou selvagem’.
M: Eu não rodo e ponto. Eu definitivamente não rodo no pau. Eu não sou dessas.
A: Posso te perguntar qual é a sua posição favorita?
M: A minha coisa favorita é o vídeo da Lauren Conrad de CEO.
A: Pera… o que?
M: Então se alguém te perguntar qual a sua posição favorita, e ela fala ‘CEO’.
A: Mas o que é isso?
M: Ela é a chefe, ela é o CEO.Essa é a minha favorita. Mas não é quando você se debruça sobre a mesa. Se você está sentado na mesa com as suas mãos sobre ela, escrevendo um e-mail para alguém que não fez o que deveria ter feito e ai você está se certificando que eles saibam o que aconteceu.. Essa é minha posição favorita.
A: Ok, isso é justo. Eu amei que você me respondeu com isso e eu me odeio por ter reagido com um . Ok eu tenho perguntas para você. Oh essa é uma pergunta interessante. Se você tivesse que escolher pra resto da sua vida, você prefere ser fodida ou dedada?
M: Eu preferiria me masturbar. Eu acho que eu sou obcecada por mim. Eu realmente sou. Todo mundo fala tipo ‘vai ter alguém no quarto, você vai se sentir desconfortável’, mas como Megan Thee Stallion disse: “pare de lamber a minha buceta que esta piorando”, tipo isso realmente está piorando.
A: É difícil porque eu sinto que muitas pessoas que não sabem comer uma buceta, e sua dedada é superestimada e pode ser tão incrível.
M: Eu gosto de mim, então eu iria com a dedada, mas comigo mesma.
A: Honestamente…
M: Minha língua é longa, mas não tão longa. Se eu pudesse tirar uma costela, talvez.
A: Você tem algum brinquedo sexual que você pode dar um conselho para a ‘daddy gang’?
M: Ok. O meu conselho pra vocês, que recentemente me deram e eu achei que foi muito valioso, então eu vou passar de geração em geração. Então, um dos meus amigos gays estava na minha casa me ajudando a escolher a luz para colocar em cima da minha cama e estávamos entre um lustre ou vamos escolher algo moderno e ai ele falou: “você tem que escolher os embutidos” e eu fiquei e aí ele falou que eu tinha que ter certeza que iria ficar preso no teto porque você não quer bater sua cabeça na luz quando se levantar ou tentar se pendurar por diversão e puxar pra fora da parede, quebrar tudo e parte do lustre passa pelo esterno do seu parceiro e agora você é uma assassina, tudo ficou tão profundo que parece que ele estava falando de alguma experiência traumática. E aí ele ficou em pé na minha cama, por sorte ele tem 1,87 de altura, então eu escolhi o lustre, porque não acho que vai ser um problema. Então ele estava me falando que para referências futuras eu tinha que ser bem particular sobre iluminação pra cima da cama, porque é um passo para se tornar um assassino. Então esse é o conselho que eu dou. Então ele disse que o lustre, se você agarrar nele e sair da parede, se você escolher aqueles clássicos, que se cair vai direto para o esterno da pessoa e isso parece um pesado tentando explicar.
A: Miley…
M: Se eu for matar alguém, definitivamente não vai ser com o lustre, mesmo que seja chique.
A: Todo mundo acompanhou que quando eu perguntei qual é seu brinquedo sexual favorito…
M: Você disse um conselho, esse foi o conselho.
A: Eu acho que todo mundo que está escutando agora está anotando “não colocar um lustre em cima da cama” E toda essa questão de assassinato é muito louco.
M: Você não coloca um lustre se não quiser matar ninguém. Eu não quero bater a cabeça, isso é vergonhoso. Eu fico envergonhada muito fácil e fico bem vermelha.
A: Você fica envergonhada quando vai ao banheiro?
M:Eu tipo só…
A: Tipo acidentalmente soltar um pum vaginal
M: Isso, sons maluco, sons malucos ou quando você cai.
L: Meu deus isso é bem pior…
M: Eu sempre tenho medo.
A: E quando você está no meio do sexo e cai da cama e você só fala “continue continue”.
M: Eu odeio cair da cama, isso me assusta, isso ja aconteceu comigo algumas vezes.
A: Então você para o sexo? Ou continua?
M: Eu continuo e volto a sentar no pau , então eu finjo que foi algo de propósito, um coisa engraçada, tipo um movimento Charlie Chaplin, “mas não”.
A: Sim, mas não (muitos risos).
M: Mas eu só desejaria que nada vergonhoso acontecesse. E matar alguém com um lustre é bem constrangedor.
A: Isso é tipo um ultimato?
M: E eu nunca pensei sobre isso antes.
A: Mas eu acho que muitas pessoas nunca pensaram sobre isso, colocar luzes em cima.
M: Mas tinha uma lâmpada quando eu me mudei, até pensei que estava tudo certo, mas meu amigo disse “não, vai que você quer transar do outro lado”.
A: Isso é problema de rico.
M: Isso com certeza é um problema de gays enormes, porque eu tenho certeza que eu nunca vou chegar perto de uma lâmpada.
A: Eu também.
M: Mas eu acho que seria um bom conselho.
A: Então quando você escutar algo de lustre “não vá!”.
M: Você não quer misturar decoração e sexo.
A: Isso é um ótimo conselho, eu nunca pensei sobre isso, ou nessa situação em específico, vou sempre carregar comigo agora.
M: Então agora quando você entrar em um hotel e ver porra de um lustre em cima da cama, você vai falar que nem eu.
A: Então, você usa brinquedinhos sexuais ou só seus dedos?
M: Eu amo brinquedos, e a maioria eu uso, eu sou muito contraditória eu acabei de dizer pra não envolver sexo e decoração, mas eu amo misturar meus brinquedos com decoração. Quando eu compro um dildo, é mais sobre como ele funciona, tipo esse aqui.
A: Isso é fofo.
M: Esse aqui é para dar prazer nos mamilos. Mas eu não utilizo para isso, pois eu amo como ele enfeita a mesa.
A: Isso gente, é um pau brilhante e azul e honestamente.
M: É muito fofo.
A: É muito fofo.
M: Então eu gosto de dildos para enfeita, assim, e compro eles para usar mas eu acabo usando como enfeite.
A: então você tipo vê algum e diz “eu acho que vou usar aquele algum dia, mas aí acaba colocando junto aos outros”. E você gosta de vibradores?
M: Eu gosto de vibradores, mas eu acho que algo mais estético. Eu me sinto mais confiante fazendo coisas comigo mesma.
A: Isso é muito legal! Você disse antes, que sempre foi muito confiante consigo mesmo, mas sexualmente falando, você acha que era assim, confiante em si mesma?
M: Eu passei por muita coisa, e isso reflete muito onde eu estou hoje, e se você falar comigo daqui um ano, o que a gente deveria fazer, a gente deveria conversar quando eu não tivesse muito ocupada, porque quando eu não estou ocupada minha vida sexual é muito diferente.
A: Sério? Sua libido aumenta?
M: Quando eu não estou ocupada ela aumenta com mulheres, e quando eu estou ocupada ela diminui. Pois quando eu estou nessa zona que estou vivendo eu penso “eu não tenho tempo”. Uma vez eu li um livro sobre adrenalina e seus hormônios, e eu tenho colesterol baixo, e quando você tem colesterol baixo, isso afeta sua vida sexual, tipo quando você trabalha, você não come regularmente, e ai meu colesterol fica baixo, e o colesterol controla toda essa parte de hormônios em seu corpo, então quando o nível de colesterol está baixo no sangue, quando você fica comendo apenas esses petiscos e coisas do tipo, e se no final da noite eu tiver com fome, definitivamente eu não vou ficar excitada.
A: Meu Deus, eu nunca ia saber disso, isso é uma ótima informação .
M: Você tem que conferir seu colesterol.
A: Cara, colesterol, parece problema que pessoas gordas enfrentam.
M: Eu sou muito lógica.
A: Você é muito inteligente, eu tenho certeza que muitas garotas se perguntam “porque eu não estou excitada ainda?” então confira seu colesterol. Miley disse para conferir seu colesterol.
M: Todos seus hormônios vão mudar sua vida, tipo se eu comer algo diferente, tipo, uma vez eu trabalhei o dia todo e pensei “eu vou pedir qualquer coisa em um restaurante mexicano”, e então de repente eu comecei a ficar excitada ao longo do dia, ai eu pensei é meu colesterol que está alto, muito açúcar no meu sangue.
A: E aí você pensou, eu vou ir no banheiro, eu não posso fazer sexo agora. Agora uma pergunta interessante, quantas vezes você se apaixonou?
M: Eu me apaixonei três vezes.
A: Uau
M: Porém das três vezes, apenas uma foi muito marcante, e aquilo ficou me rodeando, e é uma garota, eu sempre penso nela, sempre sonho com ela, mas a gente não se encaixava. E isso foi algo que eu aprendi na terapia, não tente colocar um quadrado dentro de um círculo, porque você vai te levar a um lugar onde… Tipo tentar fazer algo fisicamente impossível funcionar, isso vai te deixar louca.
A: Porra, você dizer uma coisa dessas é muito maduro, eu acho que quando existe o amor é muito difícil se distanciar de algo que não está funcionando. Mas o fato de você esta sentada aqui e dizer que está apaixonada.
M: Eu não acredito em um grande amor.
A: Eu também, foda-se isso.
M: Porque existem qualidades que pessoas trazem a sua vida e eu não acredito em apenas um grande amor.
A: Sim, concordo. E o fato que, voltando a pergunta, que prefere se masturbar que receber um sexo oral, isso é Miley Fucking Cyrus.
M: Essa é a regra, se você quer que algo saia certo, faça você mesmo.
A: Vocês estão escutando isso?
M: De outra maneira, você vai ter que fazer notas, dar feedbacks. E eu também não quero bater nas costas de alguém e…
A: Dizer que eu poderia ter feito melhor…
M: Isso que eu estou falando, eu apenas não consigo engolir. Sexo e decoração é algo acessível, é isso, eu amo decoração, mas meu único problema com isso é que eu não posso fazer decoração todo tempo, se não fosse por isso, eu mesmo faria.
A: você é tipo aquelas mulheres que fazem tudo, tipo é só ter uma escada.
M: Eu tenho medo de escada, na verdade, medo de alturas, eu odeio voar, as pessoas odeiam sentar ao meu lado no avião.
A: Serio?
M: Eu juro por deus. Uma vez uma mulher estava sóbria e aí começou a beber cervejas bem rápido, porque eu estava gritando “não estamos pegando velocidade”.
A: Nós não estamos pegando velocidade senhor.
M: Você sabe quando você está voando e o avião faz tipo *sons com a boca* e você fica tipo inclinada.
A: Eu não acredito que você voa em voos comerciais.
M: Sim, eu odeio voar.
A: Como é?
M: Aparente não muito legal, pois eu sou boicotada. Uma vez, fizeram uma lista de quem não podia voar pois achavam que eu levaria drogas. Mas aí eu dei meu jeito. Eu basicamente só poderia ir ao trabalho. Então eu fui adicionada na lista como passageira extra.
A: Meu Deus, isso é algo que eu nunca imaginaria.
M: Algumas pessoas me incomodam, não gosto que as pessoas me tratem especial. Uma vez um cara me tratou como um bosta, e eu amei.
A: Você ficou tipo, estou excitada.
M: Ele ficou com raiva de mim pois eu estava assistindo TV muito alto e eu não escutei ele pedindo pra abaixar, e ele estava com raiva, eu amei ele.
A: Isso é louco.
M: Quando ele foi malvado comigo eu queria dar um abraço nele mas ele não quis me dar um abraço.
A: Você “cara eu te amo” e ele “o que você está falando sua puta, eu te odeio”.
M: Ele não gostou de mim, mas eu amei ele. Eu odeio quando as pessoas me tratam especial.
A: Eu também.
M: Definitivamente, trato as pessoas que estão no nível mais baixo melhor do que trataria as primeiras que estão lá em cima.
A: Eu te respeito muito por isso.
M: Porque muita gente já faz isso por pessoas que estão lá no topo.
A: Isso é tão legal, estou sentada aqui com você, você é super normal…
M: Aii a árvore está ficando linda (Miley refere-se a árvore ao seu lado com vários globos de vidro pendurados).
A: E nós estamos tão gostosas nessas câmeras.
M: Sim.
A: Ai que vergonha, isso é meio sobre minha infância, estou envergonhada mas, você acha que agora você está em uma posição de aceitar Hannah Montana? Tipo olhar para o passado e ver que foi algo legal, porque honestamente, seu passado é tudo.
M: Eu estou obcecada com isso.
A: Eles me ensinaram muita coisa, como colar uma peruca, tipo eu estava muito pronta pra essa mundo, eles me preparam de um jeito que eu não tenho como pagar.
M: Eu coloquei a peruca com 11 anos, o que você estava fazendo nessa época?
A: Meu Deuuuus, todo mundo amava seu cabelo.
M: Tem um vídeo meu que eu amo, eu tinha provavelmente uns 12 anos, e eu estava em turnê, e eu estava usando uma camiseta que dizia “acabei de chegar na passarela” e aí eu desfilo, dou uma viradinha e falo “essa é minha peruca”. Eu com 11 anos tinha uma peruca de cabelo real e uma lace front. Até parece que foi um pesadelo quando eu queria escapar de tudo aquilo, mas eu tinha 18 anos, nessa idade você quer escapar de quem você é.
A: As vezes a gente precisa se distanciar primeiro para depois apreciar. Obviamente, que durante Bangerz você queria que as pessoas parassem de te chamar de Hannah Montana.
M: Da mesma forma nos relacionamentos, quando eu tive meu primeiro relacionamento e não deu certo, foi traumatizante, mas agora eu estou em um patamar de amar e respeitar, foi uma época maravilhosa da minha vida, todos os relacionamentos que eu tive durante esses dez anos foram maravilhosos, e o meu relacionamento como Hannah, também foi maravilhoso, eu amava trabalhar com meu pai todos os dias, eu não imaginava o quão sortuda eu era. Então tudo que passou, na minha cabeça, fez com que eu fosse o que eu sou hoje e se essas coisas não tivessem acontecido, até as ruins, eu não seria a mesma pessoa.
A: Isso é tão lindo Miley, eu estou tão feliz por você Miley, sério, quando você me mostrou o clipe, você pareceu muito feliz, orgulhosa do seu trabalho, galera vão escutar a música, porque puta que pariu é muito boa.
M: A música era uma ponte que eu estava sentindo falta na minha narrativa para os fãs e para o público, e eu estou tão feliz que eu construí isso sozinha, outra coisa que eu queria dizer que é bem relevante para seu programa, é que eu me sinto como uma mulher que foi feita de vilã por querer seguir em frente e isso sim é algo inaceitável, na época eu postei sobre George Clooney e Brad Pitt, tipo Johnny Depp terminou com a mulher dele e todos estavam tipo.
A: Eles estavam o vangloriando, dizendo o quão gostosos eles eram, o quão maravilhosos.
M: Me faça de vilã por conta da minha sexualidade, mas não fale que eu fui desleal, isso vai totalmente contra meus valores, você está me atacando dessa maneira.
A: Sim, com certeza.
M: Tipo eu não vou ser alguém no seu programa e falar coisas como “ eu assisto pornô, eu sou tão sexual” eu sei com quem eu estou falando, eu sei do que o programa trata, mas isso não sou eu. Minha arte, o modo como eu cuido dos meus cachorros, dos meus negócios, essas são minhas prioridades, eu não vou agir de um jeito que eu não sou, ou mais sexual que eu sou só por conta do seu entretenimento. E para mim, eu estou focada nos meus negócios.
A: Isso é muito empoderado.
M: Qualquer homem ia ser considerado chefão por conta disso, por colocar seus negócios em primeiro lugar. Isso é uma merda. Eu amo quando eu estou pela vizinhança e penso “ eu comprei a minha casa, eu comprei meu carro” não estou julgando outras mulheres que ainda não conseguiram, mas vivam sua vida do jeito que você quiser, mas eu sei que essa não foi a vida da minha mãe e nem da minha avó. Eu sou a primeira geração sendo A chefe. Minha mãe conseguiu comprar seu próprio carro com 55 anos e ela começou a chorar e disse “seu pai sempre comprava carros para mim ou seu avô comprava carros para mim”.
A: O quão legal isso é.
M: Ela amou.
A: Quando eu comprei meu primeiro apartamento em Nova York foi uma coisa muito satisfatória, pois eu estava em um relacionamento onde um cara comprava tudo pra mim, e trabalhar duro em um programa e conseguir comprar minhas próprias coisas, eu me senti muito bem.
M: Eu preferiria viver de aluguel no closet de alguém do que viver numa mansão e não estar feliz. E tão bom chegar em casa e você poder escolher a cor do sofá, e como eu não sei escolher, eu escolhi três cores.
A: E é desse jeito que eu quero.
M: Isso é muito bom, então eu estou muito segura de quem eu sou, eu acho que fingir é algo muito exaustivo, eu nunca me senti como uma atriz para isso, na verdade, a única vez que eu senti isso foi quando eu ainda estava em relacionamentos que não estava mais dando certo para mim, é por isso que eu encorajo as pessoas a serem lógicas, não se deixem levar pela emoção, faça a sua lista, o que essa pessoa está contribuindo e o que ela está subtraindo da sua vida, e então tome uma procedência.
A: Se você não está feliz, caia fora.
M: Se você não está feliz, caia fora .
A: Miley Cyrus, um último comentário sobre uma das coisas mais empoderadas que você disse, sobre ser vilanizada só porque decidiu seguir em frente rápido.
M: Essa é uma das partes da música e do vídeo, controlar minha narrativa, não é justo alguém que tira uma foto minha de um helicóptero controlar minha vida. Isso engajou a opinião pública sobre mim.
A: Como você lida com isso? Isso é uma merda.
M:: Eu tenho muito controle, é por isso que a letra diz “I can’t bite the devil on my tongue” é tipo “eu vou dizer isso agora” , tipo algumas pessoas tem um demônio e um anjo nos seus ombros, já em mim, o demônio vive na minha língua, então eu falo mesmo, e digo a primeira coisa que vem a minha cabeça, mas isso nunca me beneficiou, pois quando penso sobre isso, eu deixo a vida fazer sua mágica, e então eu vejo qual o propósito disso tudo. Então foi como uma ponte naquela situação, aquela mulher me fez muito feliz, e foi como eu lidei com tudo, não existe um livro para te ajudar com isso, te dar conselhos, não existe. Lidar com um término é algo muito individual, cada um lida do seu jeito. Então eu acho que essa música mostra minha vida pessoal e minha carreira, as pessoas vão perceber o espaço entre a verdade e o que a mídia dizia. E eu acho isso uma merda vilanizar uma mulher por ter seguido em frente.
A: Miley eu estou tão feliz que você disse isso, pois eu lembro de ter visto isso , mas você articulando desse jeito,eu percebo o quão horrível foi.
M: Foi horrível.
A: E você sentada aqui e tentando não dizer algumas coisas pois você é superior a isso tudo. Claro que algumas coisa você apontou como o caso do helicóptero, você está muito certa, e ainda colocou tudo isso em sua música.
M: Eu gosto de sentar aqui, como uma mulher e dizer, isso não é bom para mim, eu vou me engajar nisso, isso está me sufocando. Eu não tenho problema de dizer isso, eu me sinto mal quando as mulheres falam que não podem dizer “isso é para mim”, “isso é aceitável”. Então colocar alguém na minha vida e depois tirá, é uma merda ser vilanizada por isso. Então deixa eu colocar isso na minha música.
A: BITCHES!! Vão escutar essa música!!!! Ela é maravilhosa, eu estou tão feliz por você por lançar algo que é a sua cara. As pessoas vão amar.
M: É inspirada em Debbie Harry.
A: E quando esse episódio sair a música já estará disponível.
M: Isso está me assustando.
A: Isso esta me assustando também. O clipe é maravilhoso, você está gostosa pra caralho, eu estava tentando não pirar.
M: Façam fantasias de halloween.
A: Gente, ela usa uns 7 looks. Quantos looks?
M: 5 looks.
A: Cada um pode ser fantasia de halloween e eu vou fazer todos.
M: O maiô faz você se sentir um pouco diferente.
A: Muito sexy.
M: E também tem a meia calça, no final do clipe estavam todas rasgadas, mas eu achei meio sexy.
A: Então, Midnight sky está disponível agora, vá assistir o vídeo, escute 19 milhões de vezes, tweet sobre, fale pra gente se você gostou do episódio, nós te amamos!
M: Obrigado pela visita, isso foi muito divertido.
A: Muito divertido!
M: Eu adoro falar sobre tudo isso.
A: Eu amei ter você no programa, eu me diverti muito, você agora faz parte da gangue Call Her Daddy.

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Publicada por: Elton Junior

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