Fonte: The Boston Globe
Cinco anos constituem, basicamente, uma vida na música pop, fato que Miley Cyrus sabe bem e tem usado a seu favor. Na última vez que cantou no TD Garden, em 2009, para uma outra multidão cujos ingressos foram esgotados, Cyrus veio para a cidade de outro jeito. Ela estava distanciando-se da marca, que fez dela uma estrela, chamada “Hannah Montana”, mas ainda não havia emergido como a bagunceira que ela se tornaria.
Quando ela voltou na quarta-feira, ela chegou com tudo: mais destemida, cheia de atitude, mais confiante, mais músicas de sucesso. Era como ver uma artista totalmente diferente, mais à vontade em sua própria pele (e mostrando muito do corpo) e deixando bem claro que ela não liga pra nada. Esta é a nova versão da Miley Cyrus, ame ou odeie.
Mas, o que era para ser uma festa de arromba, como tem sido a turnê até agora, se transformou em uma exposição muito pública de luto. Um dos cães de Cyrus, Floyd, tinha morrido no dia anterior, e a cantora de 21 anos de idade não conseguia esconder sua mágoa. Ela pediu desculpas e pediu ao público para ajudá-la a fazer a performance durante a noite.
Durante o show a tristeza pairava no ar mesmo quando Cyrus tentou espantá-la com doses pesadas de arrogância: “Can’t Be Tamed“, “Do My Thang“, “FU“. Esta turnê também investe em controvérsias, e havia abundância de artimanhas para fazer uma mãe preocupada se preocupar ainda mais com suas pérolas, incluindo Miley simulando sexo oral em alguém vestido como Abraham Lincoln e um vídeo dela se contorcendo, enquanto presa. Essas crianças crescem tão rápido hoje em dia.
Tudo combinou com o último álbum de Cyrus, “Bangerz“, mas também obscureceu o simples fato de que ela é uma cantora competente, que poderia, ocasionalmente, fazer mais com menos espetáculos. Um set acústico, em um palco improvisado erguido na parte de trás da arena, mostrou-se especialmente difícil para Cyrus, com canções de Bob Dylan (“You’re Gonna Make Me Lonesome When You Go”), Lana Del Rey (“Summertime Sadness” ) e Coldplay (“The Scientist”) puxando suas cordas do coração enquanto a câmera capturava as lágrimas rolando pelo rosto.
Ela guardou o melhor para o final, batendo duro com seus três maiores sucessos. “We Can’t Stop” e “Wrecking Ball” levaram o público a cantar junto estrondosamente, mas “Party in the USA” ficou fora de sincronia em uma noite tão sombria. Era um lembrete comovente que artistas têm sentimentos, também, não importa o quão indestrutíveis eles afirmem ser.
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