Todo mundo parece ter uma opinião sobre Miley Cyrus nos dias de hoje, portanto, para a capa feminina da ELLE de Maio, pedimos para que a escritora Tavi Gevinson conhecesse Miley na estrada e tentasse entrar na cabeça dela. O resultado foi uma conversa honesta, surpreendente e reveladora entre duas jovens da mesma geração.

O tema estava fora dos limites: Cyrus, 21 anos de idade e Gevinson, 17 anos de idade, falaram intimamente sobre tudo que ia da infância de Cyrus até a forte ligação que ela tem com seus fãs com a depressão, coração partido, liberdade sexual e da política.

Gevinson, oito anos quando Miley teve sua estreia na Disney Channel como Hannah Montana e prestes a acabar o ensino médio, quando a performance de Cyrus fez queixos caírem ao redor do mundo, conheceu a cantora em Phoenix para um entrevista e uma noite para curtir a Bangerz Tour. Gevinson oferece um único ponto de vista sobre a situação de Cyrus em evoluir em nossa cultura, escrevendo: Cyrus não é nem um desastre de trem perdido nem completamente certa de seu lugar no mundo. Ela está apenas procurando por isso em uma escala extrema e, na verdade, de um modo muito mais original, de forma sem precendentes do que seus críticos possam pensar.

Veja o ensaio completo e sua entrevista completa exclusivamente na edição de maio da ELLE Magazine disponível nas bancas em cidades selecionadas e digitais no dia 15 de abril, e em todo o país no dia 22 de abril. Mas primeiro, uma espada na parte aérea e algumas das coisas que Gevinson e Cyrus chegaram a falar sobre:

Em ser mais forte do que ela costumava ser…

Tavi Gevinson: Você sentiu aquela limitação sob a Disney?

Miley Cyrus: Você sabe, eu sou muito grata por ter começado na Disney. Eu tenho a formação mais intensa. Há momentos em que eu desejo que eu poderia ter começado como uma nova artista, mas o mundo praticamente me permitiu fazer isso. Eu me sinto muito sortuda, um monte de estrelas pequenas ficam loucas ou presas em algo que elas eram/estavam, então elas não podem realmente tornar-se o que estão destinadas a ser. Quando eu passei por uma separação muito intensa, você sabe, eu estava comprometida, e quando eu estava com ele ou quando eu estava na Disney, a única coisa que me deu a maior ansiedade não era não saber o que fazer comigo mesma quando a Disney não estava ali para me carregar ou se eu não tivesse mais ele (seu relacionamento). E agora eu sou livre dessas duas coisas, e estou bem. Tipo, eu estava deitada na cama à noite sozinha e eu estou totalmente bem e isso é muito mais forte do que aquela pessoa de três anos atrás que teria pensado que teria morrido se não tivesse um namorado.

Em sua relação com seus fãs e seu propósito…

Miley: Eu tenho garotos e garotas que vêm e dizem: “A única razão que me faz admitir que eu sou gay é porque você me fez sentir como se estivesse tudo bem.” Isso é tão intenso, porque isso é uma parte desta geração, nem sempre foi aceito, e eu sinto que eu sou uma grande parte dessa mudança. Ou eles sabem que eu tenho lutado com a depressão, e que os ajudou a superar a deles. Isso me dá um grande propósito, um grande motivo para acordar de manhã, que é maior do que colocar minhas malditas penas e meus curtos figurinos.

Sobre o feminismo e padrões duplos…

Tavi Gevinson: Eu li que você se considera uma feminista. O que isso significa para você?

Miley Cyrus: Eu apenas prezo a igualdade. Não é tipo, eu sou uma mulher, as mulheres devem estar no comando! Eu só quero que haja igualdade para todos.

Tavi Gevinson: Certo! E é isso que o feminismo é.

Miley Cyrus: Eu ainda não acho que nós estamos 100% com isso. Quero dizer, Rappers masculinos pegam em seus sacos o dia todo e eles têm putas ao redor deles, mas ninguém fala sobre isso. Mas se eu pegar na minha virilha e tiver putas em torno de mim, eu estou degradando as mulheres? Eu sou uma mulher, eu quem deveria ser capaz de ter garotas ao meu redor! Mas eu sou parte da evolução disso. Espero.

…a entrevista continua nas páginas da revista ELLE edição de Maio

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Fonte: Elle.com