16.09.2016

1473614796-elle-october-miley-cyrus-02-wmMiley Cyrus tem seu termo: “fazendo isso”. Isso, grosseiramente, traduz “tentando” ou “atuando” – e não é um elogio. Porque, no Mundo da Miley, uma das piores coisas que você pode ser é dissimulado. (Pessoas que a sugam por ser famosa estão “fazendo isso”. O notório teimoso Woody Allen, que a dirigiu na mais nova série daAmazon, “Crisis in Six Scenes”, de acordo com Cyrus, “não está fazendo isso”.)

Cyrus é, acima de tudo, firmemente empenhada em não fazê-lo. Após ter estado no sistema (outro “Mileyísmo”, este referindo-se a indústria do entretenimento) pela maioria dos seus anos sencientes e ter feito todas as obrigações midiáticas que vem com divulgar álbuns, turnês e programas de TV, Cyrus rejeitou isso há mais ou menos um ano – decidindo não contratar um publicitário, e em vez disso, compartilhar sua vida com seus fãs apenas via Instagram, onde os fãs encontram uma mistura de comentários políticos, torcedora da nova geração, e imagens de vários dos seus animais. Mas ela decidiu conversar com a revista ELLE, em parte para falar sobre seu novo papel como jurada do The Voice, o qual ela se junta a Alicia Keys, Blake Shelton e Adam Levine, para a 11ª temporada do programa, com estreia marcada para 19 de setembro, indo ao ar todas as segundas e terças. E em parte porque ela queria “fazer algo onde estamos realmente conversando, em vez de alguém falando comigo por 5 segundos”.

Cyrus sentou-se com a colunista da ELLEAmanda FitzSimons, duas vezes ao longo de dois dias, primeiro no set do The Voice em Burbank, Califórnia, quando ela permitiu maquiar entre os takes (ela não tem equipe de maquiadores, seria parte do “fazendo isso”). Miley estava em um intervalo durante as sessões, as quais os concorrentes recebem conselhos de canto e performance dela e sua mentora convidada Joan Jett. Cyrus entrou na greenroom onde Adam (não o Levine), seu empresário de longa data, estava no seu iPhone. Ela foi direto nele, demonstrando sua força nas coxas, ganha através de Pilates, já mostradas em ‘Wrecking Ball’. Divertidamente, ela envolveu suas pernas ao redor do pescoço de Adam. Ela olhou pra mim – seu rosto agora surpreendentemente maduro, e muito bonito – e disse, em completa auto-consciência, com seu cadenciado barítono sulano: “Miley Cyrus, prazer em conhecê-la!”

Para o nosso segundo encontro, ela chegou em um restaurante mexicano em Studio City sozinha. E como no nosso primeiro encontro, Miley estava incansável, natural e genuinamente apaixonada – pelo The Voice; Happy Hippie Foundation, fundada por ela no ano passado, para jovens LGBT desabrigados (os recursos doados, oriundos de mais de 8.000 doadores e já ajuda milhares de jovens, vão para a criação de grupos de ajuda virtuais e centros de acolhimento); e sobre o que há de errado no sistema. Ela estava tão engajada, loquaz e articulada que foi quase difícil de acreditar em sua história detalhada sobre o baseado que ela disse ter fumado a caminho da entrevista.

Essa é uma super famosa de 23 anos, que conhece a fama por metade de sua vida (e vale lembrar que, durante a outra metade sem fama. ela já era conhecida por ser a filha de um cantor country muito famoso, Billy Ray Cyrus). Nascida em Nashville, subúrbio de Franklin, Miley se mudou para L.A. aos 12 anos para estrelar, junto do seu pai, a série de 4 temporadas, 101 episódios e dois filmes Hannah Montana – na qual ela interpretou uma personagem também chamada Miley. Quando ela chegou aos 21, já havia alcançado a marca de 35.9 milhões em vendas de álbuns (ano passado, Miley Cyrus & Her Dead Petz foi lançado de graça no SoundCloud) e tinha quebrado o recorde de vídeo mais visto em até 24 horas (19.3 milhões de visualizações) com ‘Wrecking Ball’ em 2014. Ela também está em um dos namoros mais famosos do momento. (Existem rumores, claro, que ela e Liam Hemsworth estão noivos; ela chamou ele de namorado durante nossa conversa.) Quando boa parte da sua vida é de conhecimento geral, é fácil entender porque se faz isso.

ELLE: Eu soube que você é a jurada mais nova que o The Voice já teve.

MC: Eles tiveram que me dar limites sobre o quanto eu poderia me envolver. Sério! Tipo, limites judiciais. Eu era tipo, vou fazer compras! E eles, se você for comprar uma rouba de arco íris para uma pessoa, vai ter que comprar pra todos os outros também. Esse é um programa dos competidores estão participando. Eles não vão voltar para o Hotel SLS ou onde o Blake fica. Essas pessoas são trancadas sem seus celulares, longe de suas famílias, vindo e cantando na frente da Joan Jett. É uma experiência muito doida, e também é a vida real.

ELLE: O que está te motivando–a vontade de ganhar?

MC: Eu quero ajudar esses cantores. [um produtor me diz] “Cala a boca! Já foram 20 minutos.” Eu fico meio, o que você vai fazer — empurrar esses dois jovens de 16 anos pra fora de Arkansas quando eles ainda estão crescendo? Se estou aqui, farei pra valer. Não estou atuando; não estou fingindo ser eu. As pessoas esquecem que suas ações as definem. Muitos dizem, “sou uma boa pessoa!” Tá, mas por que você é uma boa pessoa? Para ser bom você tem que ser ativamente bom. Eu tento mostrar que a forma que eu trato esses competidores faz quem eu sou como pessoa.

ELLE: Eu gosto que no The Voice os participantes não ganham pontos extras por causa de uma história triste.

MC: É meio, se você for ganhar por causa da sua história é melhor ir fazer um filme sobre sua vida. No The Voice eu gosto de abastecer todo mundo que vem com a dúvida do que é o programa. Eles precisam ser o cantor ideal.

ELLE: Durante as filmagens hoje mais cedo você disse a uma participante que nem todos podem ser Mariah Carey.

MC: Eu nunca fui muito fã porque tudo é sobre Mariah Carey. É parte dela; eu consigo ver isso. É isso que a fazer ser um ícone gay; tipo, é sobre MIMI! É sobre como ela se veste, é sobre ela. O que faço não é em relação a mim. É sobre contar uma história; é sobre alguém se conectar com o que estou dizendo.

ELLE: Os músicos do seu level, hoje em dia, tem um certo nível de idiotice. Você acha que isso entra contra seu conceito de ser um artista?

MC: É por isso que você não me vê estampada nos ônibus, vendendo coisas. Tipo, o que farei—vender maquiagem? Eu sempre digo as pessoas pra não usarem maquiagem. Hoje eu só estou maquiada porque Joan tem um delineador lindo, todos gostaram e eu quis imitá-la. Eu não uso por causa dos participantes, até porque algumas dessas garotas vem lá do Arkansas com o rosto limpo. Eu não quero que essas pessoas venham aqui é usem uma tonelada de maquiagem. Eu cubro minhas espinhas, mas fora isso eu mal uso. Nem Alicia. Ela tem um maquiador, eu nem isso tenho.

ELLE: Então você mesma se naquela pro programa?

MC: Sim, esse é meu jeito! As pessoas ficam meio “queria fazer seus olhos puxados.” Eu não tenho olhos puxados! Quando alguém muda seu rosto é meio chocante e assustador.

ELLE: Você deve estar acostumada com a sensação.

MC: As pessoas acham que eu toco só para 90,000 pessoas. Eu acabei de sair de uma turnê que tocava para apenas 2,000 por noite, e foi por minha preferência. Preferia ter pessoas entusiasmadas pelo que eu estava fazendo do que ter gente tipo “achei que iríamos para um show da Miley Cyrus, não um show de strip!” Quando eu estava na minha Bangerz Tour era difícil pra minha alma subir no palco e ver pessoas com os braços cruzados. Eu saia do palco me sentindo julgada. Se você está no meu show, por que me julgar? Fãs de verdade te amam.

ELLE: Você mencionou que não sustenta a ideia de você ser uma mulher de negócios. Mas quando você era mais jovem, claramente alguém fez escolhas no seu lugar.

MC: Ao mesmo tempo que meu pai já estava na indústria, ele também não estava. Mas ele era bem espero a— temos uma fazenda enorme em Nashville que ele comprou por nada e hoje em diabo lugar é a capital da música. Mas eu não cresci com vantagens. Eu sempre quis estar na TV. Em certo ponto – e eles vão me matar por dizer isso – eu era a que recebia o menor salário do elenco em Hannah Montana porque eu sabia de pouca coisa. Eu só queria saber que eu estava na Disney! Sim, quero fazer isso! Meu nome era Miley no programa, mas eu meio que não o possuía — não pensamos nisso. Tipo, sim, você pode usar meu nome no seu show. Minha mãe começou a entender como as pessoas tiram vantagem de crianças, então ela contratou umas pessoas inteligentes para tomarem conta de mim nesse aspecto. Eu sou grata por naquela época terem pessoas que cuidaram de mim me colocaram uma posição em que hoje eu posso controlar minha música.

ELLE: Você tem uns bons mentores, não é? Joan Jett como você mencionou. Tem Dolly Parton, que é sua madrinha; tem Woody Allen.

MC: Tive muitas pessoas boas em minha vida. Essa tatuagem que tenho aqui é de uma menção de Johnny Cash. Ele era amigo do meu pai. As pessoas que estavam a minha volta durante meu crescimento me trouxeram boa energia— seu verdadeiro amor pela música e ser uma boa pessoa. Eles não são popstars, são cantores country. Eles são tão pé no chão. Eu aprendi isso, de que não é só porque você é um artista que você tem que ser um idiota. Eu conheço muitos que acham que estão fazendo algo bom por serem gentis. Eles ficam tipo “eu poderia ser meio babaca, mas não sou! Não é legal que eu seja tão humilde?” Não, você não é!

ELLE: Mais cedo você disse que antes fazia parte do sistema, mas hoje em dia você não faz mais. O que você quis dizer com isso?

MC: Todos fazemos durante a juventude. Quando olho pra minha irmã Noah, de 16, eu não a julgo por nada que ela faz porque eu lembro bem onde eu estava naquela idade. Eu era uma pessoa tão sentimental—na verdade ainda sou—mas estava tentando descobrir quem eu era. Você passa por essa fase, ainda mais no nosso ramo.

ELLE: Uma coisa que eu sempre quis saber sobre pessoas famosas: todo mundo lembra de você. É difícil lembrar de todos que você já conheceu?

MC: Lembro de muita gente. Só sou meio ruim de gravar nomes quando estou chapada. Mas ou lembrar dos meus fãs que esperam em portas. Tem uns nas cidades mais grandes que sempre aparecem. Eu vi um que tem me encontrado por uns 8 anos se transformar de homem para mulher. Eu a ajudei no processo, quando ela colocou unhas postiças eu fiquei “isso aí!” Nós temos basicamente a mesma idade, então até cresci com alguns fãs. Popstars terão seus fãs favoritos e dirão “oh você conhece ela? Eu também a conheço; ela é tão linda.” Britney também a conhece.

ELLE: Você tem uma amizade com a Britney?

MC: Meu empresário trabalha com ela. A gente se tem por perto por causa disso. Ela é um pouco distante, no mundo dela. Eu só quero que ela seja feliz. Toda vez que ela lança música nova eu penso “é isso que ela quer fazer? Ou ela só quer relaxar?” Ela está tão linda agora e parece estar realmente contente.

ELLE: Você troca mensagem com ela?

MC: Eu não sei se a Britney sabe mandar mensagem. [risos] acho que troquei mensagem com ela umas duas vezes.

ELLE: Você e Katy Perry são amigas do Jeremy Scott. Você a conheceu através dele?

MC: Eu adoro o Jeremy, mas não faço parte dessa cena. Todos os meus amigos são super normais. Tudo que eu quero fazer é yoga e caminhar, e fumar maconha. Eu sou a cara de quem sai muito, mas nunca saio. Foi outro tempo da minha vida; Eu fiz 21 anos e pude finalmente não ir mais a baladas. Agora, não sou tipo, um eremita, apenas tenho uma fazenda, meus porcos e cavalos e estou bem.

ELLE: Quando você mudou?

MC: Os paparazzi sempre me deixaram muito desconfortável. Você está crescendo e parece esquisito, as vezes. Minhas espinhas eram uma loucura; tive um trauma com meu cabelo. Foi aí que comecei a mostrar a língua nas fotos. Porque odeio todos sendo muito sérios.

ELLE: Mas você é ligada na moda, não?

MC: Okay, eu costumava me importar com isso. Hoje, não mais. Eu queria vestir minhas calças esportivas Under Armour, mas é muito real; parecerei uma publicitária.

ELLE: Nem posso imaginar como é ser famosa aos 16. O que você acha que ganhou ou perdeu por ter ficado famosa tão cedo?

MC: Quando estamos nessa idade, pensamos que sabemos quem somos. Quando as pessoas dizem que você será muito diferente aos 22 ou 23, quando você está nos 16, não acredita. E aí você muda drasticamente. Mas quando você é mais jovem, é mais egoísta, porque tem muito autoconhecimento, só quer saber de você. Não pensava na carne que estava comendo. Vestiria couro, pele de animal. Eu era ignorante.

ELLE: Quando foi a última vez que você teve o que eu ouvi você chamar de “período de crescimento”?

MC: Literalmente, ontem. Estava assistindo a um documentário sobre libélulas – elas vão de pequenas larvas a libélulas. Então, por que não podemos fazer isso? Se somos tão inteligentes e muito melhores do que todos os animais, e o homem domina o mundo, por que não podemos mudar o tempo todo, tipo, de lagarta a borboleta? Apenas acho que não estou fazendo o suficiente – o que todos a minha volta me matariam por falar isso, porque eu, definitivamente, posso levar isso muito adiante.

ELLE: O que te fez começar sua fundação, Happy Hippie?

MC: Eu me identifico muito com isso. É muito estranho, pois eu não sou confusa sexualmente. Sou muito – a palavra é pansexual.

ELLE: Defina pansexual.

MC: Significa todo mundo. Não para numa garota, garoto ou alguém que esteja na transição. Eu não vejo as pessoas pelo que elas foram antes de se tornarem o que são agora. Eu penso em quem eu era antes do que sou hoje, isso é uma transição. Todos estão em constante transição. Quando você tem algo a fazer, você precisa fazê-lo. Foi o que me aconteceu com o Saturday Night Live; toda hora eu pensava “por que estou aqui?”, “estou com tanto medo”. Você está prestes a entrar ao vivo!

ELLE: Mas você canta!

MC: Eu amo fazer isso, mas, às vezes, fico tipo “Ai meu Deus”. Todo show, você pensa, “isso é real?”. É como esses sonhos de pessoas aparecendo nuas no palco. Eu realmente apareço nua no palco, então é como um sonho para mim. Estou realmente aqui cantando vestida como um bebê para pessoas que estão sob efeito de drogas? Minha vida parece muito surreal. É por isso que eu faço piadas sobre ser eu. Porque ser eu é tão engraçado. Criei esse personagem estranho e acho muito engraçado.

ELLE: Você contaria o que é engraçado sobre isso?

MC: As roupas são engraçadas porque as pessoas na moda são tão sérias. Há alguns anos atrás, eu comecei a colar bolas de algodão nas minhas calças e agora Celine faz o mesmo. Eu posso inspirar isso, e vejo isso.

ELLE: Você cantou a música “Jolene” da Dolly Parton. É sobre uma mulher real, que trabalhava em um banco que o marido de Dolly estava…

MC: É legal contar uma história real. Quando gravei meu último álbum, o chamei de Dead Petz. Foi inspirado em meu cachorro que morreu. Você pode deixar as pessoas entrarem nisso. Nem tudo precisa ser metafórico. Tudo no rádio pode ser metafórico de um jeito ruim. Mas quando eu escrevo uma letra, como “bang my box”, está muito claro. Por que não ser honesto? Não consigo me lembrar de mentiras.

ELLE: Voltando ao The Voice, muitos dos participantes de American Idol memoráveis não ganharam, como Clay Aiken, que ficou em segundo lugar, atrás de Ruben Studdard.

MC: Totalmente, e não quero que isso venha de modo ruim, mas direi aos meus participantes: Seja Bernie Sanders. Seja a pessoa que as pessoas desejam e amam. Não se preocupe com a massa. É assim que você faz um momento memorável. Deixe as pessoas falarem disso.

ELLE: Como são as cadeiras do The Voice?

MC: As cadeiras são muito engraçadas: 99,9% da razão que eu aceitei participar do programa foi para pressionar o botão. Parece ridículo. Parece que estou sendo um personagem – de mim mesma. Quando você não vira a cadeira para alguém, é confrontante, e eu não sou nem um pouco confrontante. Então eu fico muito constrangida e faço disso minha culpa – tipo “Eu não sei! Estava chapada! Esqueci de virar a cadeira!”

ELLE: Como é a dinâmica entre os jurados?

MC: Adam me lembra muito meu empresário. Os dois passam muito tempo na cidade se preocupando com seus pais judaicos. Blake e eu temos essa coisa do sul.

ELLE: Você faz parte da nova série de Woody Allen para a Amazon. Como foi trabalhar com ele?

MC: Fui para White Plains, Nova York. Você sabe onde fica? Adotei um gatinho estranho chamado Harlem e morei lá sozinha em um apartamento e ia ao Whole Foods todos os dias. Trabalhar com Woody foi a melhor experiência. Ele está apenas sendo Woody. Ele, tipo, não faz isso, ou coloca mais um pouco naquilo. Quando o conheci, a primeira coisa que fiz foi dar um abraço enorme, e estava vestindo uma bota cowboy brilhante e um chapéu com arco-íris surgindo no topo dele, e ele estava tipo, “Oh. Oh. Wow, olá.” Ele meio que me empurrou, tipo “Ai, pare de me agarrar!”

ELLE: Você se identificou com sua personagem?

MC: Meu papel é uma revolucionária dos anos 60. Woody faz o papel de alguém que cresceu no subúrbio de Nova York. Ele tem uma máquina de sorvetes, e eu falo, “As pessoas estão com fome e você está aqui fazendo sorvete?!”. É como eu penso na vida real. Por um bom tempo, não conseguia dormir por me sentir tão culpada. Estava cheia de alergias porque estava muito estressada. Até hoje, eu derrubei minha água enquanto caminhava e me senti uma babaca. Existem crianças sendo vendidas como escravas sexuais; como posso fazer uma caminhada agora? Então agora, eu tento fazer o máximo que posso através da Happy Hippie. Não estou num reality show sobre eu mesma: você não vê todo o drama da minha família, você não está nos meus relacionamentos, e você não vai viver na minha vida pessoal. Mas se você não me escolher, estou muito aberta para deixar você entrar. Há um ano, precisei ir a première do “A Very Murray Christmas”, eu nunca mais aparecerei em um red carpet. Por que, quando as pessoas estão famintas, eu estou num tapete que é vermelho? Porque sou “importante”? Porque sou “famosa”? Não é assim que eu funciono. É como uma sátira – como Zoolander.

ELLE: Qual é sua filosofia para as redes sociais?

MC: Não tenho mais o Instagram no meu celular. Dei minha senha para uma mulher no meu escritório. Mandarei uma foto para ela alimentando meu porco em um biquíni: “Pode postar, tipo, ‘Fuck yeah, pigs!’ Ou, ‘High in a bikini!’?” Eu apenas não quero observar o que as pessoas estão fazendo. Tipo, não quero saber quem lançou um novo clipe ou quem tem um novo batom. Pareceu tão comercial, como se eu estivesse sendo vendida. Eu costumava postar 4 vezes por hora, irritantemente, mas isso foi numa fase de arte pesada.

ELLE: Você usa Snapchat?

MC: Não. Gostaria de usar, mas não sei como faz. Sinto que serei uma idosa bem antiquada por não saber me atualizar. Não jogo Pokémon Go. Essa manhã, Liam acordou e tentou ir ao lava-jato porque tinha um – como vocês chamam isso? – PokéSpot. Tipo, “Vou encontra-los e capturar todos eles! Ahh!”… Obrigado por vir. Funcionou bem. Me sinto melhor.

Tradução: Lucas Gomes e Lucas Nascimento – Equipe MCBR

 

 


Publicada por: Lucas Gomes

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