03.06.2020

Em abril desse ano o álbum (alguns diriam mais consagrado) de Miley, Bangerz, atingiu a marca de 1.5 bilhões de streams no Spotify. Significa que ele foi ouvido tudo isso de vezes, sendo o primeiro dela a obter essa marca.

Eu vejo o Bangerz como uma mudança de era. É, claramente, uma “nova Miley”. Lembro que no lançamento, em 2013, eu tinha acabado de entrar na faculdade e estava no espírito de muita festa e bagunça, que é o que vem com este álbum. Então sempre brinquei que acho incrível como a Miley “cresceu comigo”. E sei que muita gente também tem esse sentimento.

O álbum, que é o quarto da carreira de Miley e foi lançado pela RCA Records, tem uma pegada muito mais dance e hip hop que os anteriores, além de muitas participações, como Big Sean, Future, Nelly, Ludacris, French Montana (rapper inclusive responsável por muitas músicas como “SMS”, “Love Money Party”, “My Darlin”, “Hands in the Air”, “4×4” (que na época sonhava em dirigir na estrada ouvindo e cantando a plenos pulmões) e “FU” (que é uma das minhas favoritas até hoje), e maior parceria do álbum: Britney Spears, que também foi em “SMS”.

Quais as músicas e clipes mais polêmicos e marcantes de sua carreira?

Acredito que os dois principais estejam nesse álbum: “We Can’t Stop” e, sem dúvida alguma, “Wrecking Ball”. A imagem de Miley sentada nua numa bola de demolição e a cena em que lambe um martelo foi marcante para muitos e aparece até em outros momentos como referência, por exemplo o clipe da música “Love is on the Radio”, da banda britânica McFly, em que Dougie Poynter também lambe um martelo.

A mensagem – música a música

Apesar de, num geral, ser um álbum de muita bagunça, que é o significado de “Bangerz” mesmo, ele passa muitos recados e fala sobre muita coisa que de um jeito…. bem Miley Cyrus, acho que é a melhor referência que pude encontrar.

Fazendo um panorama geral, o álbum começa com “Adore You”, que já vem com um início romântico e fofo que corta bruscamente para “We Can’t Stop”, que apenas ouvindo a música, me parece tudo bem. Se refere apenas a uma festa em que dançamos igual a Miley (na época ainda não sabíamos o que isso poderia significar – vide VMA 2013). Em seguida entramos com “SMS” da parceria com Britney Spears que vem numa batida também dançante, mas que passa uma mensagem também, que para mim é a frase mais marcante “um dia ele me quer e no outro não”. Já sabemos para quem foi o álbum, né?

Mas, voltando ao foco, apesar da referência ser constante, seguimos com “4×4” que mostra Miley como uma mulher rebelde que sai dirigindo por aí, numa batida que realmente dá vontade de dirigir rápido na estrada e rebolar a raba ao mesmo tempo. É ai então que a onda cai, parecendo uma ressaca pós-festa, e entra “My Darlin” com a pegada romântica que mostra o lado carinhosa e sofredora de Miley, mas não tão sofredora como a faixa seguinte que é “Wrecking Ball”, que já mencionei acima. E, como a vida é feita de altos e baixos, voltamos ao ápice com “Love Money Party”, que, no momento, é o que resume bem tudo isso: Amor, dinheiro e festa (muita festa).

“#GETITRIGHT” é uma música que vem numa ótima sequência e que me marcou muito. Lembro de, na época, ler que essa música seria ela mostrando como você se sente tendo um orgasmo. Confesso que nunca mais pesquisei sobre, mas ouvindo a música faz realmente sentido. E aí temos novamente a Miley falando de coisas que nem todos falam, e de um jeito incrível, na minha opinião. Que música! This shit is criminal.

E, como alguém que lembrou tudo de bom e caiu na real de que não é bem assim, vem “Drive” que parece uma mensagem de continuar insistindo no boy, afinal ela não quer viver sem seu amor e você pode vir durante a noite [para sua casa], sair e só deixar a chave na saída pela manhã. Desde que guie seu coração durante a noite. Ainda rola uma cobrança sobre o que a pessoa prometeu ser real e tudo mais. Miley, vem aqui e deixa a gente te abraçar!

Então vem a rebeldia com tudo. Ele quebrou seu coração, você era fraca para o amor e agora manda ele para aquele lugar. Basicamente é isso em FU. E eu acho uma música incrível e meu top 5 com certeza.

Mas, com todas as decepções, é hora de fazer suas coisas. “Do My Thang” vem também para dançar com uma mensagem de empoderamento e que vai ficar tudo bem, apesar de ele ser um babaca (sempre bom deixar isso claro, rs). E seguir em frente. “Maybe You’re Right” mostra que a superação existe sim (será?) e começa a rolar aquela dúvida de que talvez o outro estivesse certo sobre as suas atitudes.

Bem, vou sair logo do mérito, porque depois vem “Someone Else” com outra recaída. Aqui não existe mais amor. Alguém levou ele embora e, se você quer isso, que procure em outro lugar porque ela virou outra pessoa. Enquanto a gente ouve e não entende uma palavra ou outra, dá para cantar animado e emocionado numa pegada bem hip hop.

Em seguida vem uma que não sei definir bem, mas ela está torcendo por você e que te ajudaria em tudo se estivesse aqui. Esta é “Rooting For My Baby”. Ressalto que, ou eu estou louca, ou sua voz é quase de ressaca de tanto choro já nessa música. Mas, agora ela está sozinha com ela mesma. Em “On My Own” já queremos começar dançando e ouvindo várias críticas sobre como ela queria falar e você não queria ouvir. Ela precisa cuidar dela mesma. E olhando hoje, ela o fez, né?

O álbum acaba com “Hands in the Air” por que é o que restou né? Vamos balançar os braços, e diria dizer adeus, a essa sofrência toda, apesar de ser um álbum incrivelmente incrível.

E agora vamos abrir o Spotify e ouvir tudo do começo de novo? Deixa sua opinião sobre a era, a ordem do CD e quais as suas músicas preferidas!


Publicada por: Débora Brotto

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