Segundo show da “Milky Milky Milk Tour” em Detroit tem as suas peculiaridades e Miley Cyrus recebe elogios mais uma vez por encorajar o seu público a não ter medo de ser quem realmente é! Confira o depoimento de um dos integrantes da revista Billboard traduzido pela nossa equipe:
Todas as vezes que vou a um show da Miley Cyrus, me lembro daquela noite que a vi pela primeira vez.
Foi em um verão há cinco anos atrás. Ela estava dançando perto de mim no Vain, um clube de música eletrônica já extinto a poucos quarteirões na estrada do Filmore Detroit. Ela estava na cidade para gravar o filme “L.O.L.”, Cyrus usava nada além de um shorts preto de ginástica e um top curto em um clube luxuoso, parecendo mais ousada, intensa e corajosa do que na personagem de Hannah Montana, que marcou o início de sua carreira. Enquanto se perdia em uma onda de batidas Techno, Cyrus lançou a sua marca registrada: seu sorriso, e levantou as suas mãos para o alto, jogando um feitiço em torno de si mesma, que era nada menos do que puro êxtase.
Aquela noite significou um importante momento para a cultura pop, mas nós não fazíamos ideia de quão importante esse momento iria se tornar.
“Detroit é onde eu sinto que realmente cresci,” relatou Cyrus para a Rolling Stone em 2013 durante uma entrevista. “Foi apenas por um verão, mas foi quando eu comecei a ir à balada, e foi onde eu fiz a minha primeira tatuagem.”
Detroit mudou Cyrus e não há dúvidas disso. Desde aquele verão em Motor City, ela esculpiu e aperfeiçoou sua mentalidade diva que hoje o mundo ama odiar e odeia amar, uma mentalidade tão fixa que ela continua a provocar, “Você ainda não viu a parte mais selvagem de mim.”
Nesse sábado à noite (21 de Novembro), ela deixou bem claro no show de Fillmore Detroit, o qual marcou a volta de Cyrus à Detroit desde aquele verão de 2010 (no ano passado, a Bangerz Tour parou perto de um subúrbio na região). Rodeada pela sua “Dead Petz” – junto com os membros de “The Flaming Lips” – Cyrus tomou uma arena e a transformou em uma boate para a segunda parada da ultra-psicodélica “Milky Milky Milk Tour”, indo tão por cima e atingindo tantos extremos que nenhuma outra estrela pop na Terra, nem mesmo Madonna, poderia coincidir com o seu carácter excessivo.
Com um pouco mais de duas horas de duração, a energia do show foi imediata: enquanto Cyrus e seus “Dead Petz” abriram o show com uma fusão de “Party in the U.S.A.” e “Dooo It”, o Fillmore foi preenchido com gigantes balões de “Dooo It!” – na verdade, foram tantos balões, que o palco estava completamente cheio em poucos minutos. Enquanto alguns focavam nas 24 faixas psyco-pop de “Miley Cyrus & Her Dead Petz”, alguns números de catálogos anteriores passaram sorrateiramente em seu caminho, como “Love, Money, Party” de Bangerz.
Cyrus admitiu abertamente ter estado bêbada – “o meu aniversário será daqui dois dias”, seus quase 23 anos de idade, relembrou à multidão – mas isso não a impediu de jogar o seu coração para fora em cada performance. Cantando (e às vezes até gritando) com todo o ar de seus pulmões, vestida com figurinos que variavam entre sol e lua, um bebê e até mesmo um pedaço de manteiga, Cyrus usou a sua extravagância como um meio de encorajar os seus fãs a serem diferentes.
“Ninguém irá julgar você aqui porque todos nós somos loucos”, disse ela.
No final do set, Cyrus dedicou algumas de suas músicas para seus animais de estimação mortos ou vivos – seu baiacu (“Baiacu, se eles te conhecessem como eu te conheço!” ela chorou com paixão), o gato de seu amigo que faleceu há pouco tempo, seu cão de estimação e companheiro fiel, Floyd, que também faleceu recentemente– além de ter informado ao seu público sobre a importância de ter compaixão com os animais.
Ela caiu no chão cheia de emoções, pouco a pouco, e logo se sentiu com um pouco de nostalgia. Nesse momento, Cyrus canalizou a sua “Daft Punk” interna, mostrando sua cintura pelo brilho de uma bola gigante na balada enquanto dançava afastada, e comum terço do corpo de paetês prata emparelhados com um capacete prata.
No entanto, todos os confetes, serpentinas, luzes de arco-íris e elogios aos animais mortos transformaram o show em um espetáculo diferenciado. Foi o que aconteceu quando a banda decidiu fazer o tour, preenchendo toda a agenda sem um único ensaio. Talvez essa tenha sido a ideia central, jogar toda a seriedade pela janela, porque Cyrus deixou completamente claro no início – milhões de vezes – que ela e sua banda estavam lá por apenas uma única razão: se divertirem. E foi o que eles fizeram, ou pelo menos o líder e vocalista da banda Flaming Lips, Wayne Coyne, se divertiu.
Coyne, de 54 anos, tem Cyrus como uma líder de torcida pessoal, tirando fotos e a adotando como se fosse sua filha, abraçando-a quando ele pode. Os dois desfilaram no palco, com suas energias contagiantes, enquanto os outros“Dead Petz” apareceram no fundo. Com o papel musical de Coyne em grande parte convertida como um membro apoiador, os outros integrantes da banda, na verdade, pareciam completamente alheios e distantes do seu entorno – é como se eles nem sequer existiam.
Mas é muito difícil competir com Coyne, um enigmático líder treinado para entreter, e Cyrus, que nos mostra cada vez mais que nós nunca vamos ver o quão alto sua bandeira arrepiante pode realmente voar. Vestida como uma “pornicorn” para encerar a noite com chave de ouro (uma “pornicorn” é uma combinação de uma peruca roxa brilhante, chifre de unicórnio, óculos de sol, arnês de cromo, próteses de seios e pênis, e uma cauda de arco-íris), a música final – a mais apropriada “We Can’t Stop” – provou que esta é a sua festa e que ela pode fazer o que ela quiser.
Fonte | Traduzido por: Mayara Ribeiro – Equipe MCBR
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