Muito obrigada Los Angeles, obrigada! Muito obrigada!
Como vocês estão nesta noite? Obrigada por estarem aqui! Obrigada a qualquer pessoa que esteja aqui, na realidade, para ver o Green Day e apareceu um pouco mais cedo para ver o que diabos estou fazendo. Assim como você, eu não tenho ideia.
Mas se você não me conhece, se você não conhece minha música – Ei! Eu gosto da sua camisa! – Eu vou te dizer que, provavelmente, uma coisa que você sabe sim é que quando as pessoas pensam em mim elas pensam em alguém que, apesar de já ter sido um milhão de coisas diferentes, gosta de ser honesta sobre onde eu está em cada momento da vida, que durante os últimos mais de 15 anos tem sido muitas coisas diferentes, muitas identidades diferentes. E em todas aquelas identidades que eu estava experimentando e vendo se elas se encaixavam em mim, como a roupa que eu estou usando agora mesmo, todos vocês continuaram ao meu lado e cresceram comigo, e assistiram a minha evolução. E eu espero que possamos fazer isso de novo, de novo e de novo, para o resto da minha vida.
Uma coisa que eu realmente sei é que apesar de ser muito assustador ás vezes, isso é o que eu quero fazer pelo resto da minha vida. E nos últimos dois anos tendo essa desconexão e não sendo capaz de vivenciar esse momento que estamos todos tendo agora mesmo, algo que costumava parecer como apenas respirar, que ia acontecer se eu quisesse ou não, eu iria de alguma forma acabar nesse lugar cheio de 20 mil pessoas e elas estariam cantando minhas músicas comigo, e era só algo que acontecia.
E quando aconteceu essa parada brusca na vida de todo mundo nos últimos 2 anos, isso está parecendo novo para mim novamente, o que é muito animador mas também assustador. Algo que deveria ser tão natural não é mais, só quero ser honesta sobre estar aqui em cima agora não é a mesma coisa do que se você viesse me ver 4 anos atrás, estou encontrando meus pés em cima dessa plataforma novamente e eu sei que todos nós estamos vivendo essa mesma experiência, estamos tentando nos integrar de volta a nossa realidade, a qual foi arruinada tão rapidamente e naturalmente. Agora algo que deveria ser como respirar é tão difícil e causa tanta ansiedade e medo, e eu só quero que vocês saibam que mesmo que eu esteja aqui em cima na frente de todos vocês, estou tão assustada quanto qualquer outra pessoa sobre o rumo que o mundo está tomando, o que o futuro nos aguarda. Mas, a boa notícia é que não estamos sozinhos e, mesmo desconectados, não estamos sozinhos, estamos nisso juntos. Só queria ser honesta sobre onde estou. Quando olho aqui e vejo camisetas do Green Day com algumas da Miley espalhadas, os namorados estão “Sim, eu gosto de Green Day e eu acho que a Miley é uma merda”. E eu vejo essas camisetas por toda a arena em todas as áreas e consigo dizer quanto tempo vocês estão comigo, acho que tenho 13 anos nessa sua camiseta, tenho 22 anos na sua, essa foi a era da maconha, eu consigo ver- Hey, Miley me transformou em gay- , ouvi dizer que isso não é algo bom mas, eu acho que é! Sim, muitos caras usam essa. “Sou íntima com vaginas”, você vai segurar essa durante o show do Green Day? Você deveria, é incrível. Enfim, queria ser honesta sobre onde estou e quero agradecer vocês por sua fidelidade ao longo dos anos, e agradecer por virem ao meu show hoje. E essa música, eu me sinto muito melhor agora que fui honesta e contei a vocês que estou assustada aqui em cima. Essa música se chama “Never Be Me” e é do meu novo álbum chamado “Plastic Hearts” e eu nunca cantei essa música ao vivo antes então estou animada para fazer isso com vocês.
Miley Cyrus antes de cantar never be me, em los angeles